OLHOS DO TEU CORAÇÃO
Marlene Caminhoto Nassa
Olhes-me com o olhar
Só do teu coração
Entendas-me
Com a compreensão de poeta
Tateies por meus sentimentos
Toda a dimensão do amor meu
Lendo só no braile da tua emoção
Os por quês desta minha solidão
Explores-me nesse teu ato
Minucioso, perfeito e exato,
Enviando de teu coração à razão
E encontrarás escondida nos espaços,
Camuflada entre outros traços
Que não são meus
A menina que sou de fato
E que agora se expõe aos olhos teus...
quinta-feira, 15 de março de 2012
quarta-feira, 14 de março de 2012
MEU NORTE
Marlene Caminhoto Nassa
Vaga o pássaro mortalmente ferido
No mar, sobre a onda forte...
Vaga a onda e sem encontrar vaga,
Arrebenta na rocha que lhe fez barreira.
Vago eu no que divago da chaga
desse pássaro ferido e em cegueira,
que sem sorte
encontrou a morte
pensando encontrar seu norte...
Marlene Caminhoto Nassa
Vaga o pássaro mortalmente ferido
No mar, sobre a onda forte...
Vaga a onda e sem encontrar vaga,
Arrebenta na rocha que lhe fez barreira.
Vago eu no que divago da chaga
desse pássaro ferido e em cegueira,
que sem sorte
encontrou a morte
pensando encontrar seu norte...
terça-feira, 13 de março de 2012
MUDANÇA
Marlene Caminhoto Nassa
Silenciosamente e em solidão,
surdo e mudo o silêncio
me muda
em cio silente de transformação.
Vida e morte se amam enfim
para criar o ser que irá nascer
dessa germinação que acontece em mim.
Reviravolta que me volta
das entranhas
finalmente se solta
de dentro de mim.
Eu colho e recolho nesse parto,
dolorida,
o novo eu,
recém nascida...
E muda, nessa parida
mudo ao fim...
Marlene Caminhoto Nassa
Silenciosamente e em solidão,
surdo e mudo o silêncio
me muda
em cio silente de transformação.
Vida e morte se amam enfim
para criar o ser que irá nascer
dessa germinação que acontece em mim.
Reviravolta que me volta
das entranhas
finalmente se solta
de dentro de mim.
Eu colho e recolho nesse parto,
dolorida,
o novo eu,
recém nascida...
E muda, nessa parida
mudo ao fim...
segunda-feira, 12 de março de 2012
CONTINUAR A ENCANTAR
Marlene Caminhoto Nassa
A tua ausência
tem sido para mim
a mais triste presença,
a mais sofrida sentença...
E mesmo nessa descrença
que nutres sobre a verdade
que não queres acreditar
e minha perseverança
em te provar a lealdade
sobre a palavra empenhada
não me deixa ficar calada
e necessito gritar:
Eu te quero de qualquer
maneira
só não me deixes aqui
nesta beira
tentando me equilibrar
nem deixando o pranto rolar
Amanses um pouco
teu coração
Não me digas mais
não!
Ame me com a ternura
do primeiro olhar
a paixão do primeiro sexo
aperte-me
num amplexo
extremanente solar
Olhe me fundo
nos olhos
Nunca me faças
mais chorar
Beijes a palma de minha mão
e seja o que for
por favor
continues a me encantar!
ALCANCE
Marlene Caminhoto Nassa
Uma parte de mim
ainda sonha
Mas a outra parte
Não
Uma parte de mim
ainda tem esperança
Mas a outra
tem solidão
Uma parte dos meus olhos
alcança o infinito
Mas a outra parte
Só alcança o chão
Uma parte dos desejos
Alcanço com as mãos
A outra parte
Não
Uma parte de mim é alegria
é futuro
Alcança a utopia
A outra parte
Não
Uma parte de mim
não mais me alcança
E a outra parte
Também
Não!
sexta-feira, 9 de março de 2012
COMPOSITORES
Marlene Caminhoto Nassa
Em seu colo, nua, sentada,
meu corpo se amolda feito um violão
à espera de ser tocado...
Enquanto seu dedo me dedilha
transformando me em instrumento seu
esse corpo tocado partilha
melodias em descompasso meu
Compositores de carne e de amor
a fazer concertos por onde for...
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