terça-feira, 10 de abril de 2012

SAL E MEL
Marlene Caminhoto Nassa

A delícia de dialogar com um poeta
É que só ele consegue explorar uma gruta
Esculpindo poemas de forma tão quieta
Mas criando arte até da palavra bruta
Enquanto escreve uma poesia louca

Exploda, pois, estrofes de suas águas represadas
E inunda de seu sal e mel a minha boca!

quarta-feira, 21 de março de 2012

NAVEGAR A POESIA
Marlene Caminhoto Nassa

Maturo letras na solidão
Deito com elas ao lado meu
Estão frias e desorientadas
Infiltam se sob o cobertor
Como estrofes separadas
A procura de algum calor
Perdidas na fria escuridão.

As sílabas juntas e aquecidas
Formando versos de paixão
Como a ponta de um pavio
De repente deixam  a cama quente
Explodindo esse estopim
Dentro de mim

E qual comandante de navio
Incendiada e contente
Nesse mar de inspiração
A poesia singra valente
Navegando minha emoção!