sexta-feira, 29 de novembro de 2013

  1. AMIGO IRMÃO ESCOLHIDO
    Marlene Caminhoto Nassa

    Amigo é um irmão escolhido
    Já o de seu próprio sangue
    É simplesmente acolhido
    Amigo verdadeiro
    É solidário é companheiro
    E só verdade irá lhe falar...
    Mas nunca irá se calar
    Se precisar lhe defender
    Estará sempre ao seu lado
    Pronto para lhe acolher
    Entende seu mau humor
    Sem aborrecido ficar
    Sabe a hora de se quedar
    Ajuda-o a desatar os nós
    Defende-o perante a sociedade
    E só o critica quando estão a sós
    E se não for desse jeito
    Não será seu amigo do peito
    Ele nunca nos deixará ferido
    Nem olha só para o próprio umbigo
    É o que nos oferece a mão estendida
    E sempre nos dará abrigo
    E irá tratar a nossa ferida
    Vocês são parte de minha vida!
OUTROS OLHARES
Marlene Caminhoto Nassa


Olhes-me com olhos do teu coração
Entendas-me sem nada falar
Use a compreensão de poeta
Tateando por meus sentimentos
Lendo no braile dos dedos e da emoção
Os por quês desta minha solidão
Explores-me nesse teu ato
Minucioso perfeito e exato
Com teus dedos e teu desejo de fato
Enviando do coração ao corpo meu
As provas inequívocas do desejo teu
E encontrarás escondida nos espaços,
Camuflada entre outros  traços meus
A menina que  se expõe
 Frágil e nua
aos olhos teus...
EM SEGREDO
Marlene Caminhoto Nassa

Quero mergulhar no teu mar em segredo
Um mergulho preciso intenso e sem medo
Que me conduza em comunhão
Com teu centro de criação e emoção

Saber entender os lampejos
E o porquê que me negas os beijos
E teus olhos que ignoram meu olhar
Como poder saciar todos os meus desejos
Sem que isso te faça incomodar?

Desejo mergulhar no mais profundo do teu mar
Sentir tua âncora fincada em mim bem forte
E abrir comportas deixando nossas águas a inundar

Morrer assim afogados não será morte
É sorte é só uma pequena e efêmera morte
Mergulhemos um no outro sem medo

Saberemos deixar isso em segredo...

terça-feira, 26 de novembro de 2013

O QUE FAÇO
Marlene Caminhoto Nassa

Essa chama e a semente
Que se alimentam sempre
Da alma sua e do desejo meu ...
Transbordam em minha mente
De tal modo tão intensamente
Que deixa o meu corpo em chama
Contraindo tudo de repente
Bem dentro de meu ventre
E essa involuntária contração clama
Sussurrando a você ternamente
Procure ouvir e ler nas entrelinhas
E nas dobras de minhas ladainhas
Deixe a minha boca ser o lençol seu
Deixe um só beijo seu ser o sol meu
Aqueça meu coração desvalido
Na brevidade de um ato mesmo proibido
Não me negue esse beijo e esse abraço
Nem me deixe neste descompasso...


Eu o quero muito... O que faço?


domingo, 20 de outubro de 2013

CARTAS MARCADAS NO JOGO DO FIM

CARTAS MARCADAS NO JOGO DO FIM
Marlene Caminhoto Nassa

Na escuridão do meu dia
Seguro fiapo de luz
Que possa
Nessa grande fossa
De alguma maneira
Me iluminar.
Só possuo a cruz do destino
Para nela me crucificar
E ela é tão fria
O quanto minha vida
Poderá ficar vazia
Nem mesmo o calor
Tão tênue desse verso
Fará algum reverso
Nas cartas marcadas
Desse destino tão perverso
Não haverá mais verso
Nosso jogo chegou ao fim
Eu sem você

E você sem mim...
CARTA MARCADA
Marlene Caminhoto Nassa

Não adiantou carta embaralhada
No jogo da nossa vida
Se você usou carta marcada
Abriu-me a ferida
Da banca quase falida

Mas com a carta descartada
Inspirando a coragem
Para uma nova rodada
E a vontade redobrada
Prometo que viro esse jogo
Com a carta enjeitada
E sei que nessa mão
Sem carta marcada
Ganho de lavada
E lhe coloco no chão