quarta-feira, 17 de outubro de 2012


CARTAS MARCADAS

Marlene Caminhoto Nassa

 

Na escuridão do meu dia

Seguro fiapo de luz

Que possa

Nessa grande fossa

De alguma maneira

Me iluminar.

 

Só possuo a cruz do destino

Para nela me crucificar

E ela é tão fria

O quanto minha vida

É vazia

 

Nem mesmo o calor

Tão tênue desse verso

Fará algum reverso

Na nossa separação

 

Nas cartas marcadas

Desse destino tão perverso

Não haverá mais verso

Nosso jogo chegou ao fim

 

Eu sem você

E você sem mim...

Nenhum comentário:

Postar um comentário