segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

HOMENAGEM A JULIO SARAIVA


JÚLIO SARAIVA
Marlene Caminhoto Nassa

Júlio foi poeta até pra morrer
Seu coração era tão intenso
Tão imenso tão denso
Que de repente parou de bater...

O submundo feio da cidade
Explodia em beleza nos seus versos
Poesia ácida azeda ou cheia de loucura
Outras encharcadas de ternura
Penduradas em abismos emocionais
Paradoxo de quem temia a altura

E em sua busca indireta da morte
No seu verso rude e cru
Retrato da vida que levava
Aonde se expunha a nu
Nas brincadeiras com a sorte
Pouco se lixando com a saúde
Duelava sempre com a morte
E ela lhe veio tão cedo
E justo ele que de voar tinha medo...
Hoje no céu deve estar
A procura de um enredo
Brigando para encontrar um bar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário