sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ESQUINAS DO UNIVERSO
Marlene Caminhoto Nassa

Habitando o buraco negro no espaço
Tento agarrar algum fiapo de luz
Que encontro no pó estelar
Talvez nessa grande fossa eu possa
De alguma maneira me iluminar
Só possuo a cruz do cruzeiro do sul
Mas seu calor nunca chega a mim
Tampouco consigo nele me crucificar
Está distante demais nesse céu sem fim
E a estrela moldada neste verso
Duvido que faça algum reverso
Nesse destino tão perverso
Por não provar o calor do teu beijo

Receba esta poesia desejo
Daqui desse buraco negro verso
Que junto com ela vai morrendo

Nas esquinas escuras do universo

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