SUA POESIA
Marlene Caminhoto Nassa
Invadindo os meus becos,
Elevações, reentrâncias, grotões
E minhas ruas marginais,
Caminhando por eles,
Desabotoando botões,
Seus dedos magistrais
Retiram deles
Todos os meus ais...
Tem de cúmplice sua boca,
Que mata meu desejo...
Boca cúmplice, louca,
Lambe, sorve e saboreia
Minha fenda
No lençol de renda
Fazendo dela sua ceia.
Dedilham o meu seio,
Seu recreio...
Descobrem vielas, becos,
Ruas vadias,
Ruas vazias...
E na minha periferia,
Seu membro rijo
Escreve uma poesia...
terça-feira, 31 de maio de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
ENCONTRO NUM VERSO MEU
Marlene Caminhoto Nassa
Um encontro contigo quero marcar
Tem que ser num verso meu
Antes da poesia acabar...
Há muita tristeza e dor
Pois estou com o coração partido
E quando chegares ao meu verso,
Cuidado! Ele está muito dolorido!
Aproxima-te devagar
De todas as palavras tristes
Que fores achar
E que formam estrofes sem cor
Pois serão elas que darão guarida
Ao nosso encontro nestes versos
O tempo escasso nos domina
Façamos amor já, sobre essa rima
Preciso viver esta paixão tão linda
E transformar toda a minha dor
E quando a poesia já estiver finda
Seremos nós dois esse poema de amor!
Marlene Caminhoto Nassa
Um encontro contigo quero marcar
Tem que ser num verso meu
Antes da poesia acabar...
Há muita tristeza e dor
Pois estou com o coração partido
E quando chegares ao meu verso,
Cuidado! Ele está muito dolorido!
Aproxima-te devagar
De todas as palavras tristes
Que fores achar
E que formam estrofes sem cor
Pois serão elas que darão guarida
Ao nosso encontro nestes versos
O tempo escasso nos domina
Façamos amor já, sobre essa rima
Preciso viver esta paixão tão linda
E transformar toda a minha dor
E quando a poesia já estiver finda
Seremos nós dois esse poema de amor!
BENDITO FRUTO
Marlene Caminhoto Nassa
O teu gozo quente,
Bendito fruto
Ejetado dentro do meu ventre,
Escorreu suavemente
Benzendo-me com ele,
Santificando o meu corpo,
Que agora virou oferenda,
Em meio aos lençóis de renda.
Tomastes e comestes,
Este era meu fluido, que foi derramado assim,
Louvando e lavando esse teu gozo
Com outro gozo que saia de dentro de mim...
Marlene Caminhoto Nassa
O teu gozo quente,
Bendito fruto
Ejetado dentro do meu ventre,
Escorreu suavemente
Benzendo-me com ele,
Santificando o meu corpo,
Que agora virou oferenda,
Em meio aos lençóis de renda.
Tomastes e comestes,
Este era meu fluido, que foi derramado assim,
Louvando e lavando esse teu gozo
Com outro gozo que saia de dentro de mim...
sábado, 21 de maio de 2011
UMA CERTEZA LEVAREI
Marlene Caminhoto Nassa
Não tenho certezas nesta vida
Tudo é tão incerto, fugaz, passageiro
Os bens materiais vão e vem em seguida
Hoje uma agressão
Amanhã uma ferida
Não há como prever
O que irá nos acontecer
Em seguida
Um rosto bonito hoje
Amanhã uma cara enrugada
Hoje estamos vivos
Quem sabe se passaremos a madrugada?
Se a vida me pregasse uma cilada
Rebatia com uma bordoada
Mas o advir é incerto
Pode surgir um oásis
Ou um árido deserto...
Marlene Caminhoto Nassa
Não tenho certezas nesta vida
Tudo é tão incerto, fugaz, passageiro
Os bens materiais vão e vem em seguida
Hoje uma agressão
Amanhã uma ferida
Não há como prever
O que irá nos acontecer
Em seguida
Um rosto bonito hoje
Amanhã uma cara enrugada
Hoje estamos vivos
Quem sabe se passaremos a madrugada?
Se a vida me pregasse uma cilada
Rebatia com uma bordoada
Mas o advir é incerto
Pode surgir um oásis
Ou um árido deserto...
FUTURO
Marlene Caminhoto Nassa
O que dizer do futuro
Quando o passado é muito vasto?
Quando muitos
Já nos fizeram de pasto?
O que esperar do futuro
Quando o passado
Criou imenso muro
A nos toldar a visão?
O peso do que fomos
Não nos fará mais leve
Será sim um grilhão
Amarrando um futuro breve
Por ser assim tão amarga
Perdão
Mas o futuro para mim
É um ponto de interrogação
Marlene Caminhoto Nassa
O que dizer do futuro
Quando o passado é muito vasto?
Quando muitos
Já nos fizeram de pasto?
O que esperar do futuro
Quando o passado
Criou imenso muro
A nos toldar a visão?
O peso do que fomos
Não nos fará mais leve
Será sim um grilhão
Amarrando um futuro breve
Por ser assim tão amarga
Perdão
Mas o futuro para mim
É um ponto de interrogação
FIM
Marlene Caminhoto Nassa
Nossa história foi tão curta
Que encontrou logo seu fim
Sou hoje uma folha seca
Inerte neste jardim...
Tento, em vão, buscar um apoio,
Separar o trigo do joio,
Acreditando que a decisão foi certa,
O que começa errado não se conserta...
Na solidão de dentro de mim
Impossível recolher os cacos assim,
Dar a mão à palmatória e
Reconhecer que eu errei
Colocar o orgulho do lado,
Prometer nunca mais cometer o pecado
De gostar de quem não gosta de mim...
Marlene Caminhoto Nassa
Nossa história foi tão curta
Que encontrou logo seu fim
Sou hoje uma folha seca
Inerte neste jardim...
Tento, em vão, buscar um apoio,
Separar o trigo do joio,
Acreditando que a decisão foi certa,
O que começa errado não se conserta...
Na solidão de dentro de mim
Impossível recolher os cacos assim,
Dar a mão à palmatória e
Reconhecer que eu errei
Colocar o orgulho do lado,
Prometer nunca mais cometer o pecado
De gostar de quem não gosta de mim...
domingo, 15 de maio de 2011
BEIJO SALGADO
Marlene Caminhoto Nassa
As lágrimas que em mim você provoca
E que brotaram dos meus olhos,
Por tudo o que meu pensamento evoca,
Escorrem separadas, devagar...
Mas pela saudade que não quer calar,
Fazem como amantes apaixonados,
E se unem, agora, em rios desesperados
Nessas torrentes quentes,
Com gosto salgado, bem diferentes,
De quaisquer outros beijos ardentes
Sulcam no meu rosto a maquiagem,
E no meu peito cavam uma dor sem fim
Lavando e levando nessa viagem,
O sabor salgado de dentro de mim!
Que vai temperando a minha boca,
Com as lágrimas que caem sem parar
Salgando de forma muito louca,
O beijo doce que nunca mais hei de lhe dar!
Marlene Caminhoto Nassa
As lágrimas que em mim você provoca
E que brotaram dos meus olhos,
Por tudo o que meu pensamento evoca,
Escorrem separadas, devagar...
Mas pela saudade que não quer calar,
Fazem como amantes apaixonados,
E se unem, agora, em rios desesperados
Nessas torrentes quentes,
Com gosto salgado, bem diferentes,
De quaisquer outros beijos ardentes
Sulcam no meu rosto a maquiagem,
E no meu peito cavam uma dor sem fim
Lavando e levando nessa viagem,
O sabor salgado de dentro de mim!
Que vai temperando a minha boca,
Com as lágrimas que caem sem parar
Salgando de forma muito louca,
O beijo doce que nunca mais hei de lhe dar!
ALGUMAS FLORES ESTRANGEIRAS
Marlene Caminhoto Nassa
Vejo a sociedade como um grande jardim
Onde o homem moderno é uma flor
Móvel, fluida e mutável, enfim...
A um segredo de cofre forte se assemelha
Formado por elementos comuns diversos
Parecendo uma colméia de abelha
Com uma combinação de números dispersos
Quanto mais traços universais englobar
Essa flor moderna sua combinação irá ampliar
Regada de filosofia hedonista
De socialização e de personalização
Enraizada na cultura do descartável
Alimentada pelo supérfluo ao rés do chão...
Flor humana rebaixada à categoria de objeto
Cheia de consumo e de bem estar
Desejando somente a inveja despertar...
Sem vínculos, descomprometida,
Com as coisas que estão a lhe cercar
Sem nenhuma afetividade
Sem nenhuma humanidade
É uma crise de ordem moral
Mas nesse jardim nacional
Florescem algumas flores estrangeiras
Que trazem o perfume da moral
Da solidariedade e da verdade
Espalham as cores da amizade
Do bem comum, da ética e da moralidade...
Benfazeja essa flor estrangeira!
E que espalhe rápido sua semente
Transforme esse solo em fértil novamente
E o homem em HUMANO finalmente!
Marlene Caminhoto Nassa
Vejo a sociedade como um grande jardim
Onde o homem moderno é uma flor
Móvel, fluida e mutável, enfim...
A um segredo de cofre forte se assemelha
Formado por elementos comuns diversos
Parecendo uma colméia de abelha
Com uma combinação de números dispersos
Quanto mais traços universais englobar
Essa flor moderna sua combinação irá ampliar
Regada de filosofia hedonista
De socialização e de personalização
Enraizada na cultura do descartável
Alimentada pelo supérfluo ao rés do chão...
Flor humana rebaixada à categoria de objeto
Cheia de consumo e de bem estar
Desejando somente a inveja despertar...
Sem vínculos, descomprometida,
Com as coisas que estão a lhe cercar
Sem nenhuma afetividade
Sem nenhuma humanidade
É uma crise de ordem moral
Mas nesse jardim nacional
Florescem algumas flores estrangeiras
Que trazem o perfume da moral
Da solidariedade e da verdade
Espalham as cores da amizade
Do bem comum, da ética e da moralidade...
Benfazeja essa flor estrangeira!
E que espalhe rápido sua semente
Transforme esse solo em fértil novamente
E o homem em HUMANO finalmente!
AMIGO NÃO É DESSE JEITO
Marlene C Nassa
Amigo é um irmão
Que você pode escolher
Já o seu de sangue
Você simplesmente acolhe
Sem poder escolher
Amigo verdadeiro
É solidário é companheiro
E só verdade irá lhe falar
Mas nunca irá se calar
Se precisar lhe defender
Estará sempre ao seu lado
Pronto para lhe acolher
Entende seu mau humor
Sem aborrecido ficar
Sabe a hora de se quedar
Ajuda-o a desatar os nós
Defende-o perante a sociedade
E só o critica quando estão a sós
E se não for desse jeito
Não é amigo do peito
Nem nunca será
Aquele que só olha
Para o próprio umbigo
Jamais será bom amigo!
Marlene C Nassa
Amigo é um irmão
Que você pode escolher
Já o seu de sangue
Você simplesmente acolhe
Sem poder escolher
Amigo verdadeiro
É solidário é companheiro
E só verdade irá lhe falar
Mas nunca irá se calar
Se precisar lhe defender
Estará sempre ao seu lado
Pronto para lhe acolher
Entende seu mau humor
Sem aborrecido ficar
Sabe a hora de se quedar
Ajuda-o a desatar os nós
Defende-o perante a sociedade
E só o critica quando estão a sós
E se não for desse jeito
Não é amigo do peito
Nem nunca será
Aquele que só olha
Para o próprio umbigo
Jamais será bom amigo!
AÇUCENA
Marlene Caminhoto Nassa
Numa madrugada
Lindo ramo de açucena
Também chamada
Flor de lis
De ti ganhei
Em uma caixinha
Guardei quando secou
E nem sei quanto tempo
Ela por ali ficou
Revendo coisas antigas
Para jogar fora
O que não
Mais prestasse
Encontrei a açucena
E nesse momento
Mesmo que não desejasse
Meu pensamento
Voou para ti
Assim como aquela açucena
Agora tão desidratada
Esquecida tão serena
Naquela caixa guardada
A dor que me seguia
Por esses anos a fio
Minha única amiga
Como uma vela sem pavio
Fez se mais feroz e intensa
Como uma sentença
De morte
A açucena seca
Representava
Minha sorte
Impossível de nos reviver:
Sem mais luz e sem encanto
A açucena desidratada
Encostada num canto
E eu acompanhada
Somente do meu pranto...
Marlene Caminhoto Nassa
Numa madrugada
Lindo ramo de açucena
Também chamada
Flor de lis
De ti ganhei
Em uma caixinha
Guardei quando secou
E nem sei quanto tempo
Ela por ali ficou
Revendo coisas antigas
Para jogar fora
O que não
Mais prestasse
Encontrei a açucena
E nesse momento
Mesmo que não desejasse
Meu pensamento
Voou para ti
Assim como aquela açucena
Agora tão desidratada
Esquecida tão serena
Naquela caixa guardada
A dor que me seguia
Por esses anos a fio
Minha única amiga
Como uma vela sem pavio
Fez se mais feroz e intensa
Como uma sentença
De morte
A açucena seca
Representava
Minha sorte
Impossível de nos reviver:
Sem mais luz e sem encanto
A açucena desidratada
Encostada num canto
E eu acompanhada
Somente do meu pranto...
ARRUMAR A CASA
Marlene C Nassa
Depois que daqui te fostes
Precisei arrumar a casa
Parecia um furacão
Que havia passado por ela
Meus sentimentos
Esgarçados
Amassados
Pisoteados
Arremessados no chão
Minha alegria
Antes tão linda
Quedava morta
Em baixo da porta
Em cima da nossa cama
Emaranhada nos lençóis
De cetim
Nossa história de amor
E chama
Agonizava enfim
As paredes testemunhas
Mudas
Do seu falso amor
A mim
Estavam encardidas
Difíceis de limpar
Assim
Vai levar muito tempo
Para limpar e arrumar
Se é que de casa
Posso chamar
Sem o teto e sem o chão
Histórias agonizantes
Turvando dela o semblante
E me lembrando
A todo instante
O cansaço que terei
Em meio a essa sordidez
Marlene C Nassa
Depois que daqui te fostes
Precisei arrumar a casa
Parecia um furacão
Que havia passado por ela
Meus sentimentos
Esgarçados
Amassados
Pisoteados
Arremessados no chão
Minha alegria
Antes tão linda
Quedava morta
Em baixo da porta
Em cima da nossa cama
Emaranhada nos lençóis
De cetim
Nossa história de amor
E chama
Agonizava enfim
As paredes testemunhas
Mudas
Do seu falso amor
A mim
Estavam encardidas
Difíceis de limpar
Assim
Vai levar muito tempo
Para limpar e arrumar
Se é que de casa
Posso chamar
Sem o teto e sem o chão
Histórias agonizantes
Turvando dela o semblante
E me lembrando
A todo instante
O cansaço que terei
Em meio a essa sordidez
AMOR A SEGUNDA VISTA
Marlene C Nassa
Amor deveria ter
Prazo de validade
Amostra grátis
Garantia de uso
Possibilidade de
Troca
Se isso tudo
Eu possuísse
No amor a primeira
Vista
Não entraria
Em parafuso
Nem tampouco
Me encontraria
Na lista
Dos sem eira
E nem beira
Tentando
De qualquer maneira
Essa fatura
Liquidar
Mercadoria estragada
Precisando trocar
Peça inadequada
Para meu padrão
Estipulada
Só aceito agora
Amor em segunda
Vista
Isso antes que desista
Se o balcão da vida
Muito insista!
Marlene C Nassa
Amor deveria ter
Prazo de validade
Amostra grátis
Garantia de uso
Possibilidade de
Troca
Se isso tudo
Eu possuísse
No amor a primeira
Vista
Não entraria
Em parafuso
Nem tampouco
Me encontraria
Na lista
Dos sem eira
E nem beira
Tentando
De qualquer maneira
Essa fatura
Liquidar
Mercadoria estragada
Precisando trocar
Peça inadequada
Para meu padrão
Estipulada
Só aceito agora
Amor em segunda
Vista
Isso antes que desista
Se o balcão da vida
Muito insista!
A RAINHA DAS ROSAS
Marlene Caminhoto Nassa
De cores e de tamanhos
Sem fim
As rosas sempre foram
As rainhas do jardim
Ninguém questiona jamais
O reinado de seu perfume
De sua beleza de sua cor
Elas acompanham
Os momentos de nossa vida
Batizado nascimento
Noivado casório
E também o lamento
De velório
No meio das lindas rosas
Não da para eleger
Uma só
Como a rainha legal
São todas soberanas
Reinando por igual
Soberanas reinam
Todas as rosas do jardim
Mas no meu peito
Ela reina só para mim!
Marlene Caminhoto Nassa
De cores e de tamanhos
Sem fim
As rosas sempre foram
As rainhas do jardim
Ninguém questiona jamais
O reinado de seu perfume
De sua beleza de sua cor
Elas acompanham
Os momentos de nossa vida
Batizado nascimento
Noivado casório
E também o lamento
De velório
No meio das lindas rosas
Não da para eleger
Uma só
Como a rainha legal
São todas soberanas
Reinando por igual
Soberanas reinam
Todas as rosas do jardim
Mas no meu peito
Ela reina só para mim!
A POESIA
Marlene Caminhoto Nassa
Só a poesia
É hoje minha companhia
E me deixa menos vazia
Nesta grande solidão
É ela tudo o que tenho
Meu alimento
Meu alento
Minha paz e
Minha luz
Ajuda a aliviar
A cruz de meu penar
Poesia minha querida
Com o sangue novo
Do teu verso
Inunde as minhas veias
Cure-me a ferida
Prenda-me
Em tuas teias
Ate-me
Definitivamente
À vida!
Marlene Caminhoto Nassa
Só a poesia
É hoje minha companhia
E me deixa menos vazia
Nesta grande solidão
É ela tudo o que tenho
Meu alimento
Meu alento
Minha paz e
Minha luz
Ajuda a aliviar
A cruz de meu penar
Poesia minha querida
Com o sangue novo
Do teu verso
Inunde as minhas veias
Cure-me a ferida
Prenda-me
Em tuas teias
Ate-me
Definitivamente
À vida!
A PARTIR DE AMANHÃ
Marlene Caminhoto Nassa
A partir de amanhã
Essa peça poderá ser diferente
Se passar de coadjuvante a atriz
E fizer o que me der no nariz
Não posso continuar descrente
Fazendo só o que te dá prazer
Se eu logo esse script mudar
O final da peça será diferente
Já fiz muitas concessões
Representando até cena por ti
Não desejo mais as pressões
Agora é cada um por si
Amanhã sozinho estarás a atuar
E se em alguma cena falhar
Não poderás fazer o que fazia
Que era sempre a culpa me jogar
Marlene Caminhoto Nassa
A partir de amanhã
Essa peça poderá ser diferente
Se passar de coadjuvante a atriz
E fizer o que me der no nariz
Não posso continuar descrente
Fazendo só o que te dá prazer
Se eu logo esse script mudar
O final da peça será diferente
Já fiz muitas concessões
Representando até cena por ti
Não desejo mais as pressões
Agora é cada um por si
Amanhã sozinho estarás a atuar
E se em alguma cena falhar
Não poderás fazer o que fazia
Que era sempre a culpa me jogar
ALCANCE
Marlene Caminhoto Nassa
Uma parte de mim
Ainda sonha
Mas a outra parte
Não
Uma parte de mim
Ainda tem esperança
Mas a outra
Tem solidão
Uma parte dos meus olhos
Alcança o infinito
Mas a outra parte
Só alcança o chão
Uma parte dos desejos
Alcanço com as mãos
A outra parte
Não
Uma parte de mim é alegria
É futuro
Alcança a utopia
A outra parte
Não
Uma parte de mim
Não mais me alcança
E a outra parte
Também não!
Marlene Caminhoto Nassa
Uma parte de mim
Ainda sonha
Mas a outra parte
Não
Uma parte de mim
Ainda tem esperança
Mas a outra
Tem solidão
Uma parte dos meus olhos
Alcança o infinito
Mas a outra parte
Só alcança o chão
Uma parte dos desejos
Alcanço com as mãos
A outra parte
Não
Uma parte de mim é alegria
É futuro
Alcança a utopia
A outra parte
Não
Uma parte de mim
Não mais me alcança
E a outra parte
Também não!
AGORA A ESTRADA É PASSADO
Marlene Caminhoto Nassa
Ladrilhei a minha estrada
Com as pedras mais preciosas
Que encontrei
Semeei nas suas bordas
Flores que do arco íris pincelei
E até árvores frutíferas plantei
A lua banhava de prata
Em noite de luar
E o sol aquecia
A estrada de dia
Havia fonte que abastecia
De água fresca o lugar
Parecia perfeita
Até um viajante solitário
Nela pendurar sua rede
Poluir a fonte para sempre
No lugar de matar a sua sede
As pedras valiosas saqueou
De frutas e flores todos os brotos
Que estavam a formar matou
A estrada ficou desfigurada
E não levava a mais nada
A nenhum outro lugar
Tampouco servia para caminhar
Inutilizada abandonada
Sem serventia sequer de estrada
Agora a estrada é passado
Foi o que conseguistes deixar
Como teu melhor legado...
Marlene Caminhoto Nassa
Ladrilhei a minha estrada
Com as pedras mais preciosas
Que encontrei
Semeei nas suas bordas
Flores que do arco íris pincelei
E até árvores frutíferas plantei
A lua banhava de prata
Em noite de luar
E o sol aquecia
A estrada de dia
Havia fonte que abastecia
De água fresca o lugar
Parecia perfeita
Até um viajante solitário
Nela pendurar sua rede
Poluir a fonte para sempre
No lugar de matar a sua sede
As pedras valiosas saqueou
De frutas e flores todos os brotos
Que estavam a formar matou
A estrada ficou desfigurada
E não levava a mais nada
A nenhum outro lugar
Tampouco servia para caminhar
Inutilizada abandonada
Sem serventia sequer de estrada
Agora a estrada é passado
Foi o que conseguistes deixar
Como teu melhor legado...
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