segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O BEIJO NA PALMA DA MÃO
Marlene Caminhoto Nassa


Depois que beijastes a palma de minha mão
A solidão e o tédio não existem mais não
O poço fundo de mistérios meu e teu
É o que nos fará alçar voos e
Acompanharmos os volteios do falcão
Mas ele não nos pega não...
A flor do cemitério
Germinada em podridão
Dela nunca haveremos de sentir o cheiro
Com o tempo morrerá no mesmo chão...
O riso das manhãs será só nosso
Tomaremos o café fresco que eu faço
E dividiremos o pão e o passo
Pranto só de prazer em nosso laço
O fogo de nossa paixão arde
E não haverá visgo e tem nome
O bebê que vês é o que dentro nos habita
E a mão será sempre bendita
A derreter qualquer gelo e fome

O mundo está pleno, inteiro,
Por que meu amor por ti
É verdadeiro!
O que explode dentro de mim
É uma bomba de cetim
De teu sêmen em mim
Nós dois nos despimos no chuveiro
E tu acariciarás o meu rim
E na brisa da noite, com o cheiro do jasmim
Receberás o beijo doce e ele tem dono
É só teu! De mais ninguém enfim
No quarto te espero sempre sem temor
Pois aceitastes o meu amor
Não pulo sozinha essa dança,
Celebras comigo a vida sem morte
Nós nos encontramos e isso é sorte!

Chovia a chuva benfazeja
Enquanto a palma da mão tu me beijavas
O sol invadia nossa vida e coração
Comeremos um pão abençoado
De mãos dadas e em comunhão
Eu te oferecerei o vinho da paixão

O mundo que verei de olho aberto
Será nosso mesmo, homem,
E terá o tamanho de nossos sonhos,
Infinitamente maior do que um grão...
Haverá só paz na nossa terra
E o nosso chão será canção
Nunca te negarei minha água
E repartiremos todo o pão
Esse mundo atrás de nossa porta
Será de luz e muito amor
É novo ainda, mas o que importa
Não é o som do pandeiro ou
Os furos da peneira sem eira
Pois teremos até tribeira,
Eu te prometo
Meu grande e infinito amor!

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