sábado, 31 de março de 2012
quarta-feira, 21 de março de 2012
NAVEGAR A POESIA
Marlene Caminhoto Nassa
Maturo letras na solidão
Deito com elas ao lado meu
Estão frias e desorientadas
Infiltam se sob o cobertor
Como estrofes separadas
A procura de algum calor
Perdidas na fria escuridão.
As sílabas juntas e aquecidas
Formando versos de paixão
Como a ponta de um pavio
De repente deixam a cama quente
Explodindo esse estopim
Dentro de mim
E qual comandante de navio
Incendiada e contente
Nesse mar de inspiração
A poesia singra valente
Navegando minha emoção!
Marlene Caminhoto Nassa
Maturo letras na solidão
Deito com elas ao lado meu
Estão frias e desorientadas
Infiltam se sob o cobertor
Como estrofes separadas
A procura de algum calor
Perdidas na fria escuridão.
As sílabas juntas e aquecidas
Formando versos de paixão
Como a ponta de um pavio
De repente deixam a cama quente
Explodindo esse estopim
Dentro de mim
E qual comandante de navio
Incendiada e contente
Nesse mar de inspiração
A poesia singra valente
Navegando minha emoção!
ALPHA COM FOME
Marlene Caminhoto Nassa
Como fêmea alpha que sou
necessito minha fome aplacar
escolho a presa que comer eu vou
Apalpo a textura, sinto o cheiro no ar...
Com os sentidos aguçando estou
certificando me que não há nada a atrapalhar
antevejo lhe o sabor
em minha boca a porejar...
Com suavidade perfuro a pele sem dor
até seu miolo ir encontrando...
Trabalhando com a mão trago a presa
até minha boca
E, ansiosa, sôfrega, tremulando, tesa
eu como a polpa dessa fruta feito louca!
Marlene Caminhoto Nassa
Como fêmea alpha que sou
necessito minha fome aplacar
escolho a presa que comer eu vou
Apalpo a textura, sinto o cheiro no ar...
Com os sentidos aguçando estou
certificando me que não há nada a atrapalhar
antevejo lhe o sabor
em minha boca a porejar...
Com suavidade perfuro a pele sem dor
até seu miolo ir encontrando...
Trabalhando com a mão trago a presa
até minha boca
E, ansiosa, sôfrega, tremulando, tesa
eu como a polpa dessa fruta feito louca!
segunda-feira, 19 de março de 2012
GRANITO
Marlene Caminhoto Nassa
Como resto grudado na barranca de um rio
sinto me agora um arremedo de poesia
restante da torrente das águas turbulentas
das tuas palavras de incompreensão e de frio
Arrastou nessa corredeira toda minha alegria
E deixou na minha alma a sensação do vazio
E o significado de ter sido só objeto
de uso consentido
descartável
poluído
mas não menos
infinitamente doído...
A doçura de antes,
Conseguido teu intento,
tirou me de vez
o alento
e o encanto
transmudou me o canto
E hoje
meu grito
é só de granito...
Marlene Caminhoto Nassa
Como resto grudado na barranca de um rio
sinto me agora um arremedo de poesia
restante da torrente das águas turbulentas
das tuas palavras de incompreensão e de frio
Arrastou nessa corredeira toda minha alegria
E deixou na minha alma a sensação do vazio
E o significado de ter sido só objeto
de uso consentido
descartável
poluído
mas não menos
infinitamente doído...
A doçura de antes,
Conseguido teu intento,
tirou me de vez
o alento
e o encanto
transmudou me o canto
E hoje
meu grito
é só de granito...
domingo, 18 de março de 2012
ABRAÇO AMIGO
Marlene Caminhoto Nassa
Abriga e acolha me sob teu abraço,
Meu querido amigo,
Tal qual a ave que proteje a cria
Minha alma está machucada e fria
Necessito agora do teu calor que alivia
Desejo somente o teu abraço amigo
E que nada digas além de ficar comigo
Protegida, acolhida, não sentirei a ferida
da incapacidade de esse quadro mudar
e de nada poder fazer além de rezar...
Marlene Caminhoto Nassa
Abriga e acolha me sob teu abraço,
Meu querido amigo,
Tal qual a ave que proteje a cria
Minha alma está machucada e fria
Necessito agora do teu calor que alivia
Desejo somente o teu abraço amigo
E que nada digas além de ficar comigo
Protegida, acolhida, não sentirei a ferida
da incapacidade de esse quadro mudar
e de nada poder fazer além de rezar...
sábado, 17 de março de 2012
ENCONTRO DE GERAÇÕES
Marlene Caminhoto Nassa
O velho segura na mão carcomida
a ternura e a leveza infinita do novo.
Sabe que esse novo, que explode em vida,
tomará, brevemente, o lugar de sua decrepitude...
A vida é sucessão inexorável de morte e de vida.
O velho, sofrido, precisa do novo, em solicitude
para lhe curar o corpo cansado e a alma ferida...
Hoje, desanimada e ferida, resta me espiar,
sem forças para contemplar, só imaginar
esse encontro mais lindo da vida que chega
com a que se esvai sem que eu veja...
Marlene Caminhoto Nassa
O velho segura na mão carcomida
a ternura e a leveza infinita do novo.
Sabe que esse novo, que explode em vida,
tomará, brevemente, o lugar de sua decrepitude...
A vida é sucessão inexorável de morte e de vida.
O velho, sofrido, precisa do novo, em solicitude
para lhe curar o corpo cansado e a alma ferida...
Hoje, desanimada e ferida, resta me espiar,
sem forças para contemplar, só imaginar
esse encontro mais lindo da vida que chega
com a que se esvai sem que eu veja...
sexta-feira, 16 de março de 2012
ATRÁS DA PORTA
Marlene Caminhoto Nassa
Celebrarás comigo a vida sem morte
Nós nos encontramos e isso é sorte!
O sol invadirá nossa vida e coração
Comeremos um pão abençoado no amor
De mãos dadas e em comunhão
Oferecerendo um ao outro futuro sem dor
O mundo que vemos agora de olho aberto
tem o tamanho de nosso sonho, por certo,
Infinitamente maior do que um grão que encerra
Toda a composição química da terra...
Nessa casa o chão será canção de paz,
jamais de tristeza ou de guerra...
O passado aqui seu ciclo encerra...
Não importam o som da goteira ou
Os furos do telhado agora sem eira
Se teremos beira e até tribeira
Nesse mundo atrás de nossa porta...
Importa que aqui dentro, seja o que for
só caberá nosso grande e infinito amor!
Marlene Caminhoto Nassa
Celebrarás comigo a vida sem morte
Nós nos encontramos e isso é sorte!
O sol invadirá nossa vida e coração
Comeremos um pão abençoado no amor
De mãos dadas e em comunhão
Oferecerendo um ao outro futuro sem dor
O mundo que vemos agora de olho aberto
tem o tamanho de nosso sonho, por certo,
Infinitamente maior do que um grão que encerra
Toda a composição química da terra...
Nessa casa o chão será canção de paz,
jamais de tristeza ou de guerra...
O passado aqui seu ciclo encerra...
Não importam o som da goteira ou
Os furos do telhado agora sem eira
Se teremos beira e até tribeira
Nesse mundo atrás de nossa porta...
Importa que aqui dentro, seja o que for
só caberá nosso grande e infinito amor!
quinta-feira, 15 de março de 2012
OLHOS DO TEU CORAÇÃO
Marlene Caminhoto Nassa
Olhes-me com o olhar
Só do teu coração
Entendas-me
Com a compreensão de poeta
Tateies por meus sentimentos
Toda a dimensão do amor meu
Lendo só no braile da tua emoção
Os por quês desta minha solidão
Explores-me nesse teu ato
Minucioso, perfeito e exato,
Enviando de teu coração à razão
E encontrarás escondida nos espaços,
Camuflada entre outros traços
Que não são meus
A menina que sou de fato
E que agora se expõe aos olhos teus...
Marlene Caminhoto Nassa
Olhes-me com o olhar
Só do teu coração
Entendas-me
Com a compreensão de poeta
Tateies por meus sentimentos
Toda a dimensão do amor meu
Lendo só no braile da tua emoção
Os por quês desta minha solidão
Explores-me nesse teu ato
Minucioso, perfeito e exato,
Enviando de teu coração à razão
E encontrarás escondida nos espaços,
Camuflada entre outros traços
Que não são meus
A menina que sou de fato
E que agora se expõe aos olhos teus...
quarta-feira, 14 de março de 2012
MEU NORTE
Marlene Caminhoto Nassa
Vaga o pássaro mortalmente ferido
No mar, sobre a onda forte...
Vaga a onda e sem encontrar vaga,
Arrebenta na rocha que lhe fez barreira.
Vago eu no que divago da chaga
desse pássaro ferido e em cegueira,
que sem sorte
encontrou a morte
pensando encontrar seu norte...
Marlene Caminhoto Nassa
Vaga o pássaro mortalmente ferido
No mar, sobre a onda forte...
Vaga a onda e sem encontrar vaga,
Arrebenta na rocha que lhe fez barreira.
Vago eu no que divago da chaga
desse pássaro ferido e em cegueira,
que sem sorte
encontrou a morte
pensando encontrar seu norte...
terça-feira, 13 de março de 2012
MUDANÇA
Marlene Caminhoto Nassa
Silenciosamente e em solidão,
surdo e mudo o silêncio
me muda
em cio silente de transformação.
Vida e morte se amam enfim
para criar o ser que irá nascer
dessa germinação que acontece em mim.
Reviravolta que me volta
das entranhas
finalmente se solta
de dentro de mim.
Eu colho e recolho nesse parto,
dolorida,
o novo eu,
recém nascida...
E muda, nessa parida
mudo ao fim...
Marlene Caminhoto Nassa
Silenciosamente e em solidão,
surdo e mudo o silêncio
me muda
em cio silente de transformação.
Vida e morte se amam enfim
para criar o ser que irá nascer
dessa germinação que acontece em mim.
Reviravolta que me volta
das entranhas
finalmente se solta
de dentro de mim.
Eu colho e recolho nesse parto,
dolorida,
o novo eu,
recém nascida...
E muda, nessa parida
mudo ao fim...
segunda-feira, 12 de março de 2012
CONTINUAR A ENCANTAR
Marlene Caminhoto Nassa
A tua ausência
tem sido para mim
a mais triste presença,
a mais sofrida sentença...
E mesmo nessa descrença
que nutres sobre a verdade
que não queres acreditar
e minha perseverança
em te provar a lealdade
sobre a palavra empenhada
não me deixa ficar calada
e necessito gritar:
Eu te quero de qualquer
maneira
só não me deixes aqui
nesta beira
tentando me equilibrar
nem deixando o pranto rolar
Amanses um pouco
teu coração
Não me digas mais
não!
Ame me com a ternura
do primeiro olhar
a paixão do primeiro sexo
aperte-me
num amplexo
extremanente solar
Olhe me fundo
nos olhos
Nunca me faças
mais chorar
Beijes a palma de minha mão
e seja o que for
por favor
continues a me encantar!
ALCANCE
Marlene Caminhoto Nassa
Uma parte de mim
ainda sonha
Mas a outra parte
Não
Uma parte de mim
ainda tem esperança
Mas a outra
tem solidão
Uma parte dos meus olhos
alcança o infinito
Mas a outra parte
Só alcança o chão
Uma parte dos desejos
Alcanço com as mãos
A outra parte
Não
Uma parte de mim é alegria
é futuro
Alcança a utopia
A outra parte
Não
Uma parte de mim
não mais me alcança
E a outra parte
Também
Não!
sexta-feira, 9 de março de 2012
COMPOSITORES
Marlene Caminhoto Nassa
Em seu colo, nua, sentada,
meu corpo se amolda feito um violão
à espera de ser tocado...
Enquanto seu dedo me dedilha
transformando me em instrumento seu
esse corpo tocado partilha
melodias em descompasso meu
Compositores de carne e de amor
a fazer concertos por onde for...
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