quarta-feira, 21 de março de 2012

NAVEGAR A POESIA
Marlene Caminhoto Nassa

Maturo letras na solidão
Deito com elas ao lado meu
Estão frias e desorientadas
Infiltam se sob o cobertor
Como estrofes separadas
A procura de algum calor
Perdidas na fria escuridão.

As sílabas juntas e aquecidas
Formando versos de paixão
Como a ponta de um pavio
De repente deixam  a cama quente
Explodindo esse estopim
Dentro de mim

E qual comandante de navio
Incendiada e contente
Nesse mar de inspiração
A poesia singra valente
Navegando minha emoção!

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