terça-feira, 27 de maio de 2014

A LINGUAGEM QUE ME CALA
Marlene Caminhoto

Bebes o luar dos olhos meus
E eu me perco no calor dos teus
Minhas mãos tateiam pelas sendas
Do teu corpo nu banhado das águas
Que porejam do meu mar...
E minhas fendas são visitadas
Por tua boca
Sempre louca
Que desenha freneticamente
Imaginárias figuras em minha mente
Com tua língua no meu ventre...
No duelo travado dos nossos corpos
Enroscados docemente
Silencias os meus gritos com teu beijo
Enquanto teu falo fala
Sem pejo
A única linguagem que depois me cala

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