NO MEIO DAS ALGAS
Marlene Caminhoto
Nas ondas do meu ventre
Teu barco singra desgovernado
Sob meu olhar de gaivota
Faminta
Tua âncora é lançada
Sem que eu sinta
Usando a corda até o fim
Descendo por esse mar profundo
E fincando-se no fundo de mim
Ancorado e agora governado
Na sincronia de ondas
Raios de luz aquecem as águas
Transparecendo o dorso prateado
Do peixe esguio que se movimenta
Alucinado e fisgado
No meio das algas
Que agora tu salgas
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