VALSA
Marlene Caminhoto Nassa
A valsa
Da vida
Passou
Um traço
Em volta
De mim
E de você
Me amarrou
Nesse laço
Sem saber
O que faço
Sem sequer
Me ensinar
A valsar...
Tentei seguir
O seu passo
Da valsa
Da vida
Sem curar
A ferida
Que está
A sangrar
Não posso
Não devo
Continuar
O descompasso
No passo
Sem atrapalhar
Seu valsar
Sigo
Tropeçando
Valsando
Chorando
Esperando
Essa valsa
Tão triste
Acabar
sexta-feira, 29 de abril de 2011
AZUL MARINHO
Marlene C Nassa
Quando o sol está se pondo
Lá na linha do horizonte
É para mim mesma que respondo
As perguntas que fiz de manhã
Percebo que nada escondo
Que vivi tudo de alma sã
Enquanto o azul claro do céu
Em azul marinho foi se tornando
Consciência tranqüila e paz
Cobrem meu espírito como um véu
Do azul marinho doce mel
Um tapete de estrelas se faz
Traz serenidade e me invade
E as estrelas mostram esperança
E que pode haver luz e bonança
Nesta minha já meia idade
Marlene C Nassa
Quando o sol está se pondo
Lá na linha do horizonte
É para mim mesma que respondo
As perguntas que fiz de manhã
Percebo que nada escondo
Que vivi tudo de alma sã
Enquanto o azul claro do céu
Em azul marinho foi se tornando
Consciência tranqüila e paz
Cobrem meu espírito como um véu
Do azul marinho doce mel
Um tapete de estrelas se faz
Traz serenidade e me invade
E as estrelas mostram esperança
E que pode haver luz e bonança
Nesta minha já meia idade
AMORES PERDIDOS
Marlene Caminhoto Nassa
São tantos os amores
Que passam pela nossa vida
Alguns marcando doçura
E outros tempestade
Lembranças de algum gesto
Que deixou muita saudade
De outros o que sobra
É só um pouco de amizade
Amores perdidos no tempo
Esquecidos ou não
Na memória
Prefiro aqueles que
De algum modo me marcaram
Seja por que me deram alegria
Ou por lágrimas que derramaram
Marlene Caminhoto Nassa
São tantos os amores
Que passam pela nossa vida
Alguns marcando doçura
E outros tempestade
Lembranças de algum gesto
Que deixou muita saudade
De outros o que sobra
É só um pouco de amizade
Amores perdidos no tempo
Esquecidos ou não
Na memória
Prefiro aqueles que
De algum modo me marcaram
Seja por que me deram alegria
Ou por lágrimas que derramaram
NAQUELA LUA CHEIA
Marlene Caminhoto Nassa
A lua inteira e nua
Pintava desenhos
Cor de prata
Enfeitando toda
A mata
Seus raios
Que entravam
Nas alcovas
Eram os pincéis
Que rabiscavam
Nos dóceis
Desenhavam
Nos corpos dos amantes
Contornos prateados
Fulgurantes
Testemunhas únicas
Desses instantes
Impossível imaginar
Que aquele luar
Pudesse testemunhar
Tanta dor
E tanto amor
Por não ter a sorte
O amante apaixonado
De junto dela ficar
Um pacto de morte
Foi selado ao luar
Naquela lua cheia
Que prateou o lençol
Dos amantes
Viu se ao nascer do sol
Cenas impressionantes
Hoje nada mais é desenhado
Como no tempo dos amantes
O raio da lua é acanhado
Bem mais triste do de antes...
Marlene Caminhoto Nassa
A lua inteira e nua
Pintava desenhos
Cor de prata
Enfeitando toda
A mata
Seus raios
Que entravam
Nas alcovas
Eram os pincéis
Que rabiscavam
Nos dóceis
Desenhavam
Nos corpos dos amantes
Contornos prateados
Fulgurantes
Testemunhas únicas
Desses instantes
Impossível imaginar
Que aquele luar
Pudesse testemunhar
Tanta dor
E tanto amor
Por não ter a sorte
O amante apaixonado
De junto dela ficar
Um pacto de morte
Foi selado ao luar
Naquela lua cheia
Que prateou o lençol
Dos amantes
Viu se ao nascer do sol
Cenas impressionantes
Hoje nada mais é desenhado
Como no tempo dos amantes
O raio da lua é acanhado
Bem mais triste do de antes...
NA PÚRPURA EMOÇÃO
Marlene Caminhoto Nassa
Vejo cores na emoção
Resgato um azul cobalto
Da tristeza e da decepção
Alegro me num vibrante vermelho
Como o batom refletido no espelho
A paz é sempre apontada
Depois de uma grande chuvarada
No azulado da noite enluarada
Ou no branco do cabelo
Daquela velha abandonada
Vou vivendo e colorindo emoções
Arrancando a cor roxa da dor
Apagando o negro que há na alma
E quando o amor vai surgindo
Transmuda-se célere a cor
Irradiando a beleza
Do amarelo a leveza
Vai iluminando sem pudor
E a paixão quando enfim aparece
De cor púrpura avassaladora
Ninguém nunca mais se esquece
E nesse caleidoscópio de cores
Vou vivendo as minhas cores
Nos prazeres e nas alegrias
Nas tristezas e nas dores!
Marlene Caminhoto Nassa
Vejo cores na emoção
Resgato um azul cobalto
Da tristeza e da decepção
Alegro me num vibrante vermelho
Como o batom refletido no espelho
A paz é sempre apontada
Depois de uma grande chuvarada
No azulado da noite enluarada
Ou no branco do cabelo
Daquela velha abandonada
Vou vivendo e colorindo emoções
Arrancando a cor roxa da dor
Apagando o negro que há na alma
E quando o amor vai surgindo
Transmuda-se célere a cor
Irradiando a beleza
Do amarelo a leveza
Vai iluminando sem pudor
E a paixão quando enfim aparece
De cor púrpura avassaladora
Ninguém nunca mais se esquece
E nesse caleidoscópio de cores
Vou vivendo as minhas cores
Nos prazeres e nas alegrias
Nas tristezas e nas dores!
HORA CERTA
Marlene Caminhoto Nassa
Hora certa não combina
Com o caos de nossa relação
Quando me queres menina
Eu me encontro numa sinuca fina
Por mais que tente não dá não
Sou velha carcomida
Perdendo aos poucos a razão
Outras vezes
É a hora
De seres tu o ancião
Quando arteira e festeira
Eu te derrubo no chão
Na hora do teu descanso
Inventa de um calorão me dar
Enquanto queres dormir
Um chilique começa a aflorar
Cutuco, atiço
Lanço até um feitiço
Para ele levantar
Não adianta, desisto
Viro para o lado
Não mais insisto
Essa situação tem que mudar!
Precisamos mexer os ponteiros
Para nosso tempo não ser incerto
E com o relógio acertado
Toda hora será boa, por certo...
Marlene Caminhoto Nassa
Hora certa não combina
Com o caos de nossa relação
Quando me queres menina
Eu me encontro numa sinuca fina
Por mais que tente não dá não
Sou velha carcomida
Perdendo aos poucos a razão
Outras vezes
É a hora
De seres tu o ancião
Quando arteira e festeira
Eu te derrubo no chão
Na hora do teu descanso
Inventa de um calorão me dar
Enquanto queres dormir
Um chilique começa a aflorar
Cutuco, atiço
Lanço até um feitiço
Para ele levantar
Não adianta, desisto
Viro para o lado
Não mais insisto
Essa situação tem que mudar!
Precisamos mexer os ponteiros
Para nosso tempo não ser incerto
E com o relógio acertado
Toda hora será boa, por certo...
DE MÃOS VAZIAS
Marlene Caminhoto Nassa
Lá fora a chuva do verão alaga a cidade
E leva de roldão sonhos vidas ilusão
Aqui dentro do meu quarto, sem piedade,
De mãos vazias eu me sinto em prisão
Prisão na minha própria dúvida
Prisão na minha própria reflexão
Enclausurada nos desencantos da vida
Angustiada por não ver solução
Se a noite parece sonho pra alguém
Para mim não parece não
A inacreditável realidade também
Não nos oferece conforto ou perdão
A chuva que chora na vidraça, sem cessar
Pode parecer que de mim se compadece
Ilusão! Olhos de vidro não podem chorar
E mão vazia nada oferece...
Marlene Caminhoto Nassa
Lá fora a chuva do verão alaga a cidade
E leva de roldão sonhos vidas ilusão
Aqui dentro do meu quarto, sem piedade,
De mãos vazias eu me sinto em prisão
Prisão na minha própria dúvida
Prisão na minha própria reflexão
Enclausurada nos desencantos da vida
Angustiada por não ver solução
Se a noite parece sonho pra alguém
Para mim não parece não
A inacreditável realidade também
Não nos oferece conforto ou perdão
A chuva que chora na vidraça, sem cessar
Pode parecer que de mim se compadece
Ilusão! Olhos de vidro não podem chorar
E mão vazia nada oferece...
sábado, 23 de abril de 2011
PALHAÇO OU MALABARISTA
Marlene Caminhoto Nassa
Falar de amor?
De amor não se fala só sente...
Amor verdadeiro?
É sempre o derradeiro
E também o primeiro
E também o de sempre
É o que conduz a nossa mente
É o que faz produzir a semente
É o que nos leva ao picadeiro
Aonde somos o palhaço ou o malabarista
O domador ou o equilibrista
Ou qualquer outro artista!
Tudo poderemos ser,
De repente:
Depende do amor
Que no momento
Estiver presente!
Marlene Caminhoto Nassa
Falar de amor?
De amor não se fala só sente...
Amor verdadeiro?
É sempre o derradeiro
E também o primeiro
E também o de sempre
É o que conduz a nossa mente
É o que faz produzir a semente
É o que nos leva ao picadeiro
Aonde somos o palhaço ou o malabarista
O domador ou o equilibrista
Ou qualquer outro artista!
Tudo poderemos ser,
De repente:
Depende do amor
Que no momento
Estiver presente!
sexta-feira, 22 de abril de 2011
DESLIZAMENTOS
Marlene Caminhoto Nassa
Suavemente tentando abrir
Teus dedos pelos botões deslizam
E aos poucos eles vão cedendo
E partes de meu corpo vão aparecendo
A blusa desliza desabotoada
Contornando a forma minha
E aos poucos amontoada
Aos teus pés ela se aninha
Deslizas agora tua língua
Pela extensão do corpo meu
Saboreando dele o meu gosto
E deixando nele o gosto teu
Deslizando no lençol de cetim
Nos encaixamos em côncavo convexo
Enquanto deslizas tua mão em mim
Aproveitamos o melhor do nosso sexo
Marlene Caminhoto Nassa
Suavemente tentando abrir
Teus dedos pelos botões deslizam
E aos poucos eles vão cedendo
E partes de meu corpo vão aparecendo
A blusa desliza desabotoada
Contornando a forma minha
E aos poucos amontoada
Aos teus pés ela se aninha
Deslizas agora tua língua
Pela extensão do corpo meu
Saboreando dele o meu gosto
E deixando nele o gosto teu
Deslizando no lençol de cetim
Nos encaixamos em côncavo convexo
Enquanto deslizas tua mão em mim
Aproveitamos o melhor do nosso sexo
NO MAR
Marlene Caminhoto Nassa
Recolha as amarras
Levante seu mastro
E navegue em mim!
Meu mar é profundo
Estreito e fecundo
Para seu barco abrigar
Solte as velas enfim
Suspenda logo essa âncora
Deixe o barco derivar
Venha munido marinheiro
Estou pronta para pescar
Enfie com força sua lança
Tantas vezes que desejar
Acompanhando sua dança
E com seu dardo bem fundo
Escolhendo o que fisgar
Nesse mar eu me afundo
E por mais que não creia
Sua espuma se ejeta na areia
E eu viro sereia
E afogamos no mar
Marlene Caminhoto Nassa
Recolha as amarras
Levante seu mastro
E navegue em mim!
Meu mar é profundo
Estreito e fecundo
Para seu barco abrigar
Solte as velas enfim
Suspenda logo essa âncora
Deixe o barco derivar
Venha munido marinheiro
Estou pronta para pescar
Enfie com força sua lança
Tantas vezes que desejar
Acompanhando sua dança
E com seu dardo bem fundo
Escolhendo o que fisgar
Nesse mar eu me afundo
E por mais que não creia
Sua espuma se ejeta na areia
E eu viro sereia
E afogamos no mar
quinta-feira, 21 de abril de 2011
corrigindo na poesia anterior, um Seu no lugar de um Teu, errado, desculpem
corrigida:
SUA POESIA
Marlene Caminhoto Nassa
.
Invadindo os meus becos,
Elevações, reentrâncias, grotões
E minhas ruas marginais,
Caminhando por eles,
Desabotoando botões,
Seus dedos magistrais
Retiram deles
Todos os meus ais...
Tem de cúmplice sua boca,
Que mata meu desejo...
Boca cúmplice, louca,
Lambe, sorve e saboreia
Minha fenda
No lençol de renda
Fazendo dela sua ceia.
Dedilham o meu seio,
Seu recreio...
Descobrem vielas, becos,
Ruas vadias,
Ruas vazias...
E na minha periferia,
Seu membro rijo
Escreve uma poesia...
SUA POESIA
Marlene Caminhoto Nassa
.
Invadindo os meus becos,
Elevações, reentrâncias, grotões
E minhas ruas marginais,
Caminhando por eles,
Desabotoando botões,
Seus dedos magistrais
Retiram deles
Todos os meus ais...
Tem de cúmplice sua boca,
Que mata meu desejo...
Boca cúmplice, louca,
Lambe, sorve e saboreia
Minha fenda
No lençol de renda
Fazendo dela sua ceia.
Dedilham o meu seio,
Seu recreio...
Descobrem vielas, becos,
Ruas vadias,
Ruas vazias...
E na minha periferia,
Seu membro rijo
Escreve uma poesia...
quarta-feira, 20 de abril de 2011
SUA POESIA
Marlene Caminhoto Nassa
.
Invadindo os meus becos,
Elevações, reentrâncias, grotões
E minhas ruas marginais,
Caminhando por eles,
Desabotoando botões,
Seus dedos magistrais
Retiram deles
Todos os meus ais...
Tem de cúmplice sua boca,
Que mata meu desejo...
Boca cúmplice, louca,
Lambe, sorve e saboreia
Minha fenda
No lençol de renda
Fazendo dela sua ceia.
Dedilham o meu seio,
Seu recreio...
Descobrem vielas, becos,
Ruas vadias,
Ruas vazias...
E na minha periferia,
Teu membro rijo
Escreve uma poesia...
Marlene Caminhoto Nassa
.
Invadindo os meus becos,
Elevações, reentrâncias, grotões
E minhas ruas marginais,
Caminhando por eles,
Desabotoando botões,
Seus dedos magistrais
Retiram deles
Todos os meus ais...
Tem de cúmplice sua boca,
Que mata meu desejo...
Boca cúmplice, louca,
Lambe, sorve e saboreia
Minha fenda
No lençol de renda
Fazendo dela sua ceia.
Dedilham o meu seio,
Seu recreio...
Descobrem vielas, becos,
Ruas vadias,
Ruas vazias...
E na minha periferia,
Teu membro rijo
Escreve uma poesia...
domingo, 10 de abril de 2011
POR TESTEMUNHA A LUZ DA TELA
Marlene Caminhoto Nassa
Tua mão esquerda em mim
Tateando o braile de meus seios
Lendo neles tudo enfim
Deixando me sem meios
De não me tornar
Um livro para tatear
Fostes abrindo devagar
Todas as páginas
De meu corpo
Com as mãos,
Com a boca
E com o olhar
Teu corpo encostando
Doce volume no espaldar
E devagar tentando
Por-me nua
Desesperada desejando
Também ser tua
Tendo a testemunhar
Somente a luz da tela
Como a chama tênue
De uma vela
Do computador
A desligar
Marlene Caminhoto Nassa
Tua mão esquerda em mim
Tateando o braile de meus seios
Lendo neles tudo enfim
Deixando me sem meios
De não me tornar
Um livro para tatear
Fostes abrindo devagar
Todas as páginas
De meu corpo
Com as mãos,
Com a boca
E com o olhar
Teu corpo encostando
Doce volume no espaldar
E devagar tentando
Por-me nua
Desesperada desejando
Também ser tua
Tendo a testemunhar
Somente a luz da tela
Como a chama tênue
De uma vela
Do computador
A desligar
RESQUÍCIOS DO PASSADO
Marlene Caminhoto Nassa
Tentei afogar mágoas
Do meu passado
Lançando-as à noite no mar
Mas o que não é dele
Ele devolve sem tardar...
Vi os prantos e as tristezas
Espalhados pela areia
Junto com restos de galhos
E plantas mortas à mancheia
Pedaços de embarcação
Que por certo perdeu o norte
E encontrou nos rochedos
A morte
Compunham o espólio
Da minha triste sorte
Teria que me desfazer
Dos resquícios do passado
Mas eles eram tão vastos
Bem aqui ao lado
Ocupavam a praia inteira
E não havia outra maneira
Teria que esperar
A maré cheia chegar
E para outra praia distante
Esses resquícios levar...
Marlene Caminhoto Nassa
Tentei afogar mágoas
Do meu passado
Lançando-as à noite no mar
Mas o que não é dele
Ele devolve sem tardar...
Vi os prantos e as tristezas
Espalhados pela areia
Junto com restos de galhos
E plantas mortas à mancheia
Pedaços de embarcação
Que por certo perdeu o norte
E encontrou nos rochedos
A morte
Compunham o espólio
Da minha triste sorte
Teria que me desfazer
Dos resquícios do passado
Mas eles eram tão vastos
Bem aqui ao lado
Ocupavam a praia inteira
E não havia outra maneira
Teria que esperar
A maré cheia chegar
E para outra praia distante
Esses resquícios levar...
MENSAGEM
Marlene Caminhoto Nassa
Ouve minha mensagem
Eu a envio por esta tarde triste
Entenda o que ela quer dizer
A vida emudeceu!
Tudo é frio...
Os homens não mais se comunicam
Em seus olhares.
As sarjetas sujas
Gritam a dor dos eternos pisares.
As paredes frias, cuspidas,
Emudecidas,
Expõem as suas feridas.
As árvores despem-se das folhas
Que num triste bailado
Caem de qualquer lado
Volteiam tontas ao vento
E morrem sozinhas
Aqui no relento
Esquecem das sombras que fizeram
Do perfume que exalaram
E das frutas que alimentaram
E nesse ciclo sem fim
Essas folhas secas
Lembram a mim...
Marlene Caminhoto Nassa
Ouve minha mensagem
Eu a envio por esta tarde triste
Entenda o que ela quer dizer
A vida emudeceu!
Tudo é frio...
Os homens não mais se comunicam
Em seus olhares.
As sarjetas sujas
Gritam a dor dos eternos pisares.
As paredes frias, cuspidas,
Emudecidas,
Expõem as suas feridas.
As árvores despem-se das folhas
Que num triste bailado
Caem de qualquer lado
Volteiam tontas ao vento
E morrem sozinhas
Aqui no relento
Esquecem das sombras que fizeram
Do perfume que exalaram
E das frutas que alimentaram
E nesse ciclo sem fim
Essas folhas secas
Lembram a mim...
SEM MEDO DE VIVER
Marlene Caminhoto Nassa
Sem medo de ousar,
Sem medo de ser feliz!
Sem medo de investir
Sem medo de ser um aprendiz
Botar a cara pra apanhar
A bunda pra aparecer
O coração pra sonhar...
Ser velho,
Ser menino
Caminhar sem destino
Procurando se encontrar
Soltar as rédeas da paixão
E nunca se contentar
Buscar o âmago das entrelinhas
E só as nuvens pra se escorar
Amar
Gozar
Viver
Jogar
E entender
Que nesse jogo
Ou se morre
Ou se pega fogo!
Tudo pode acontecer
E só no calor desse fogo
Conseguir, realmente, viver!
Marlene Caminhoto Nassa
Sem medo de ousar,
Sem medo de ser feliz!
Sem medo de investir
Sem medo de ser um aprendiz
Botar a cara pra apanhar
A bunda pra aparecer
O coração pra sonhar...
Ser velho,
Ser menino
Caminhar sem destino
Procurando se encontrar
Soltar as rédeas da paixão
E nunca se contentar
Buscar o âmago das entrelinhas
E só as nuvens pra se escorar
Amar
Gozar
Viver
Jogar
E entender
Que nesse jogo
Ou se morre
Ou se pega fogo!
Tudo pode acontecer
E só no calor desse fogo
Conseguir, realmente, viver!
sexta-feira, 8 de abril de 2011
IMAGINAÇÃO
Marlene C N
Se me recitares os Cânticos dos Cânticos
Do rei Salomão e do teu
E queres ser voyer do prazer solitário meu
Sacrílego és também e tanto quanto eu
Tua voz rouca de tesão me ensina
O que fazer no lugar do falo teu
Voltei ao meu tempo de menina
Com a bíblia molhada do porejo meu
Devemos transgredir, equacionar
A realidade com a minha e a tua vontade
Mesmo que transcorra em ficção
Faça me de tua palavra com suavidade
O que realizo agora com a mão...
Que teu verbo viril me possua
Deitada sobre os versos teus
Nua
Despidos de pudores e sem peias
Substitua logo a minha mão
E me faças
Tua
Gozemos nós dois nas teias
Dessa louca imaginação...
Marlene C N
Se me recitares os Cânticos dos Cânticos
Do rei Salomão e do teu
E queres ser voyer do prazer solitário meu
Sacrílego és também e tanto quanto eu
Tua voz rouca de tesão me ensina
O que fazer no lugar do falo teu
Voltei ao meu tempo de menina
Com a bíblia molhada do porejo meu
Devemos transgredir, equacionar
A realidade com a minha e a tua vontade
Mesmo que transcorra em ficção
Faça me de tua palavra com suavidade
O que realizo agora com a mão...
Que teu verbo viril me possua
Deitada sobre os versos teus
Nua
Despidos de pudores e sem peias
Substitua logo a minha mão
E me faças
Tua
Gozemos nós dois nas teias
Dessa louca imaginação...
terça-feira, 5 de abril de 2011
GRAVIDEZ
Encontrei-te no final de um verso meu
Estavas tão desorientado... tão carente...
Que nada fiz além de ficar silente...
Dei-te os seios para que mamasses em mim
E ávido, faminto, sorvestes do meu leite.
E fostes ficando... ficando ... assim...
Te excitando...
Te excitando...
Enroscando nos meus versos com deleite
Desejando as minhas estrofes possuíres
E acariciando todas as minhas palavras
Docemente
Com ternura, tesão e alegria
Finalmente
Deixastes minha alma nua
Fizestes amor com minha rima
E hoje estou grávida da poesia tua!
Marlene Caminhoto Nassa
Encontrei-te no final de um verso meu
Estavas tão desorientado... tão carente...
Que nada fiz além de ficar silente...
Dei-te os seios para que mamasses em mim
E ávido, faminto, sorvestes do meu leite.
E fostes ficando... ficando ... assim...
Te excitando...
Te excitando...
Enroscando nos meus versos com deleite
Desejando as minhas estrofes possuíres
E acariciando todas as minhas palavras
Docemente
Com ternura, tesão e alegria
Finalmente
Deixastes minha alma nua
Fizestes amor com minha rima
E hoje estou grávida da poesia tua!
Marlene Caminhoto Nassa
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