IMAGINAÇÃO
Marlene C N
Se me recitares os Cânticos dos Cânticos
Do rei Salomão e do teu
E queres ser voyer do prazer solitário meu
Sacrílego és também e tanto quanto eu
Tua voz rouca de tesão me ensina
O que fazer no lugar do falo teu
Voltei ao meu tempo de menina
Com a bíblia molhada do porejo meu
Devemos transgredir, equacionar
A realidade com a minha e a tua vontade
Mesmo que transcorra em ficção
Faça me de tua palavra com suavidade
O que realizo agora com a mão...
Que teu verbo viril me possua
Deitada sobre os versos teus
Nua
Despidos de pudores e sem peias
Substitua logo a minha mão
E me faças
Tua
Gozemos nós dois nas teias
Dessa louca imaginação...
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