sexta-feira, 30 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
ENCONTRO NUM VERSO MEU
Marlene Caminhoto Nassa
Um encontro contigo quero marcar
Tem que ser num verso meu
Antes da minha poesia acabar...
Há muita tristeza e dor
Pois deixastes meu coração partido
E quando chegares ao meu verso,
Cuidado! Ele está muito dolorido!
Aproxima-te devagar
De todas as palavras tristes
Que fores encontrar
E que formam estrofes sem cor
Pois serás tu que me trarás alegria
Ao nosso encontro na poesia
O tempo escasso nos domina
Façamos amor já sobre essa rima
Precisamos viver esta paixão tão linda
Para transformar toda a minha dor
E quando minha poesia já estiver finda
Seremos nós dois um poema de amor!
Marlene Caminhoto Nassa
Um encontro contigo quero marcar
Tem que ser num verso meu
Antes da minha poesia acabar...
Há muita tristeza e dor
Pois deixastes meu coração partido
E quando chegares ao meu verso,
Cuidado! Ele está muito dolorido!
Aproxima-te devagar
De todas as palavras tristes
Que fores encontrar
E que formam estrofes sem cor
Pois serás tu que me trarás alegria
Ao nosso encontro na poesia
O tempo escasso nos domina
Façamos amor já sobre essa rima
Precisamos viver esta paixão tão linda
Para transformar toda a minha dor
E quando minha poesia já estiver finda
Seremos nós dois um poema de amor!
SEDUÇÃO
Marlene Caminhoto Nassa
Quero vestir minha alma
Com a transparência
Das rendas e do cetim
Para que tu a conheças
Melhor assim
Delinear o contorno
Dos olhos de negro
E nas faces espalhar
O mais puro carmim
Maquiar a boca de vermelho
Para o meu beijo marcar
Pelo teu corpo inteiro
E te prender com meu beijar
Amarrar-te em uma teia
De perfumes e luz de velas
Em candelabros de cristal
Tirar devagarzinho a meia
Enquanto ficas a me espiar
Desenhar com dedos e a boca
Loucas telas
No teu pensar
Lambuzar com cores
Todo o teu desejar
Arrepiar-te por inteiro
Esquecendo os pudores
Colocar te em ebulição e
Sentir te meu e verdadeiro
Nessa deliciosa sedução
Marlene Caminhoto Nassa
Quero vestir minha alma
Com a transparência
Das rendas e do cetim
Para que tu a conheças
Melhor assim
Delinear o contorno
Dos olhos de negro
E nas faces espalhar
O mais puro carmim
Maquiar a boca de vermelho
Para o meu beijo marcar
Pelo teu corpo inteiro
E te prender com meu beijar
Amarrar-te em uma teia
De perfumes e luz de velas
Em candelabros de cristal
Tirar devagarzinho a meia
Enquanto ficas a me espiar
Desenhar com dedos e a boca
Loucas telas
No teu pensar
Lambuzar com cores
Todo o teu desejar
Arrepiar-te por inteiro
Esquecendo os pudores
Colocar te em ebulição e
Sentir te meu e verdadeiro
Nessa deliciosa sedução
sábado, 10 de setembro de 2011
PELA ESTRADA
Marlene Caminhoto Nassa
De não ser mais decidida
De não oferecer a outra face
Para bater...
De não se importar com mais nada
De só conseguir ficar calada
De não parar de sofrer
Farrapos vão caindo de mim pela estrada
À procura de um abrigo...
Mas os pedaços meus pela estrada
Quando não encontram um amigo
São somente farrapos
E mais nada...
Marlene Caminhoto Nassa
De não ser mais decidida
De não oferecer a outra face
Para bater...
De não se importar com mais nada
De só conseguir ficar calada
De não parar de sofrer
Farrapos vão caindo de mim pela estrada
À procura de um abrigo...
Mas os pedaços meus pela estrada
Quando não encontram um amigo
São somente farrapos
E mais nada...
FIM
Marlene Caminhoto Nassa
Nossa história foi tão curta
Que encontrou logo seu fim
Sou hoje uma folha seca
Inerte neste jardim...
Tento, em vão, buscar um apoio,
Separar o trigo do joio,
Acreditando que a decisão foi certa,
O que começa errado não se conserta...
Na solidão de dentro de mim
Impossível recolher os cacos assim,
Dar a mão à palmatória e
Reconhecer que eu errei
Colocar o orgulho do lado,
Prometer nunca mais cometer o pecado
De gostar de quem não gosta de mim...
Marlene Caminhoto Nassa
Nossa história foi tão curta
Que encontrou logo seu fim
Sou hoje uma folha seca
Inerte neste jardim...
Tento, em vão, buscar um apoio,
Separar o trigo do joio,
Acreditando que a decisão foi certa,
O que começa errado não se conserta...
Na solidão de dentro de mim
Impossível recolher os cacos assim,
Dar a mão à palmatória e
Reconhecer que eu errei
Colocar o orgulho do lado,
Prometer nunca mais cometer o pecado
De gostar de quem não gosta de mim...
CONFISSÃO
Marlene Caminhoto Nassa
Se ajoelhares aos meus pés
E ires percorrendo meus caminhos,
Com tuas mãos e tua boca
E me deixares como louca
A seguir esses teus passos
Juro que eu te confesso
Minhas fantasias mais secretas
Meus desejos mais devassos
Eu te mostro os pecados e peço
Que mostres os teus sem temor
E nossos obscuros lados
Poderão ser explorados
Sem nenhum pudor...
Marlene Caminhoto Nassa
Se ajoelhares aos meus pés
E ires percorrendo meus caminhos,
Com tuas mãos e tua boca
E me deixares como louca
A seguir esses teus passos
Juro que eu te confesso
Minhas fantasias mais secretas
Meus desejos mais devassos
Eu te mostro os pecados e peço
Que mostres os teus sem temor
E nossos obscuros lados
Poderão ser explorados
Sem nenhum pudor...
COLAR DE PÉROLAS
Marlene Caminhoto Nassa
Tu, deitado ao meu lado,
A me olhar...
E eu, ajoelhada e nua,
Com pérolas,
Para te enfeitar...
Quero envolver teu sexo
Com pérolas de meu colar
Circular suavemente,
Fazendo cada conta ir roçando,
Tua carne rija e quente,
E essas pérolas, como uma serpente,
Qual toque sutil de um dente,
Comprimindo o suficiente
Para te fazer enlouquecer
De prazer
Enrodilhadas na coluna tua...
De testemunha
Somente a lua...
Marlene Caminhoto Nassa
Tu, deitado ao meu lado,
A me olhar...
E eu, ajoelhada e nua,
Com pérolas,
Para te enfeitar...
Quero envolver teu sexo
Com pérolas de meu colar
Circular suavemente,
Fazendo cada conta ir roçando,
Tua carne rija e quente,
E essas pérolas, como uma serpente,
Qual toque sutil de um dente,
Comprimindo o suficiente
Para te fazer enlouquecer
De prazer
Enrodilhadas na coluna tua...
De testemunha
Somente a lua...
SEM ESPAÇO
Marlene Caminhoto Nassa
Estendo minhas mãos, num anseio,
Tentando,
Que doida,
Segurar meu devaneio!
Mas é meu sonho
Que me escapa
E se esfiapa,
E em mil rodeios me enleio.
E assim enleada e enrolada,
Sem ter de mim mais nada,
Só espiar é o que me resta,
E do cantinho desta fresta,
Tento içar de mim um pedaço,
Pois quem sabe,
Devagarinho,
Eu possa desatar esse laço!
Mas que tola!
Sem espaço!
Como posso?
Como faço?
Marlene Caminhoto Nassa
Estendo minhas mãos, num anseio,
Tentando,
Que doida,
Segurar meu devaneio!
Mas é meu sonho
Que me escapa
E se esfiapa,
E em mil rodeios me enleio.
E assim enleada e enrolada,
Sem ter de mim mais nada,
Só espiar é o que me resta,
E do cantinho desta fresta,
Tento içar de mim um pedaço,
Pois quem sabe,
Devagarinho,
Eu possa desatar esse laço!
Mas que tola!
Sem espaço!
Como posso?
Como faço?
A MARIPOSA E A LÂMPADA
Marlene Caminhoto Nassa
Tão tonta como uma mariposa
Que vai a busca de luz
E morre sem piedade
Da lâmpada que a seduz
Fui em busca do teu chamado
Sem me importar com o pecado
Ofuscada pela brilhante luz
Dessa paixão desmedida
Já sabia o que esperar
Dessa ilusão descabida
Eu me apoiei em ti
Mesmo sabendo seres vento
Não pude então reclamar
Quando o vento virou furacão
Varrendo e levando com ele
Meus sonhos e minha ilusão
Marlene Caminhoto Nassa
Tão tonta como uma mariposa
Que vai a busca de luz
E morre sem piedade
Da lâmpada que a seduz
Fui em busca do teu chamado
Sem me importar com o pecado
Ofuscada pela brilhante luz
Dessa paixão desmedida
Já sabia o que esperar
Dessa ilusão descabida
Eu me apoiei em ti
Mesmo sabendo seres vento
Não pude então reclamar
Quando o vento virou furacão
Varrendo e levando com ele
Meus sonhos e minha ilusão
ARRUMAR A CASA
Marlene Caminhoto Nassa
Depois que daqui te fostes
Precisei arrumar a casa
Parecia um furacão
Que havia passado por ela
Meus sentimentos
Esgarçados
Amassados
Pisoteados
Arremessados no chão
Minha alegria
Antes tão linda
Quedava morta
Em baixo da porta
Em cima da nossa cama
Emaranhada nos lençóis
De cetim
Nossa história de amor
E chama
Agonizava enfim
As paredes testemunhas
Mudas
Do seu falso amor
A mim
Estavam encardidas
Difíceis de limpar
Assim
Vai levar muito tempo
Para limpar e arrumar
Se é que de casa
Posso chamar
Sem o teto e sem o chão
Histórias agonizantes
Turvando dela o semblante
E me lembrando
A todo instante
O cansaço que terei
Em meio a essa sordidez
Para arrumar e reerguê-la
Outra vez!
Marlene Caminhoto Nassa
Depois que daqui te fostes
Precisei arrumar a casa
Parecia um furacão
Que havia passado por ela
Meus sentimentos
Esgarçados
Amassados
Pisoteados
Arremessados no chão
Minha alegria
Antes tão linda
Quedava morta
Em baixo da porta
Em cima da nossa cama
Emaranhada nos lençóis
De cetim
Nossa história de amor
E chama
Agonizava enfim
As paredes testemunhas
Mudas
Do seu falso amor
A mim
Estavam encardidas
Difíceis de limpar
Assim
Vai levar muito tempo
Para limpar e arrumar
Se é que de casa
Posso chamar
Sem o teto e sem o chão
Histórias agonizantes
Turvando dela o semblante
E me lembrando
A todo instante
O cansaço que terei
Em meio a essa sordidez
Para arrumar e reerguê-la
Outra vez!
AZUL MARINHO
Marlene Caminhoto Nassa
Quando o sol está se pondo
Lá na linha do horizonte
É para mim mesma que respondo
As perguntas que fiz de manhã
Percebo que nada escondo
Que vivi tudo de alma sã
Enquanto o azul claro do céu
Em azul marinho foi se tornando
Consciência tranqüila e paz
Cobrem meu espírito como um véu
Do azul marinho doce mel
Um tapete de estrelas se faz
E as estrelas mostram esperança
Traz serenidade e me invade
E que pode haver luz e bonança
Nesta minha já meia idade
Marlene Caminhoto Nassa
Quando o sol está se pondo
Lá na linha do horizonte
É para mim mesma que respondo
As perguntas que fiz de manhã
Percebo que nada escondo
Que vivi tudo de alma sã
Enquanto o azul claro do céu
Em azul marinho foi se tornando
Consciência tranqüila e paz
Cobrem meu espírito como um véu
Do azul marinho doce mel
Um tapete de estrelas se faz
E as estrelas mostram esperança
Traz serenidade e me invade
E que pode haver luz e bonança
Nesta minha já meia idade
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
DISFARCE
Marlene Caminhoto Nassa
Tu te suplantas
Nos disfarces
E nas mentiras
Que tentas
Aplicar em mim
Sabes que não sou idiota
Mas se comporta mesmo assim
Enganas a ti próprio
Não a mim
Lugar de palhaço
É no picadeiro
E de galo
É no poleiro
Estou muito cansada
De atitudes infantis
Cresça
Amadureça
Enfim
Quem sabe
Não haverá
Entre nós
Inevitável fim
Marlene Caminhoto Nassa
Tu te suplantas
Nos disfarces
E nas mentiras
Que tentas
Aplicar em mim
Sabes que não sou idiota
Mas se comporta mesmo assim
Enganas a ti próprio
Não a mim
Lugar de palhaço
É no picadeiro
E de galo
É no poleiro
Estou muito cansada
De atitudes infantis
Cresça
Amadureça
Enfim
Quem sabe
Não haverá
Entre nós
Inevitável fim
DEPOIS DO AMANHÃ
Marlene Caminhoto Nassa
Desejo viver o agora
Não quero pensar no amanhã
Uso sempre meu melhor perfume
E perfumo o caminho que passo
Contemplo da noite o negrume
Não me arrependo do que faço
Coloco diariamente na mesa
As melhores louças e cristais
Enxugo me com toalhas macias
Acendo velas em castiçais
Quero somente usar
O que de melhor possuir
Sem nunca me preocupar
Se amanhã poderei fluir
É preciso viver o agora
Mesmo quando não se quer
E se amanhã é alguém
Que por nós chora
Em um cemitério qualquer?
Se eu estou viva nesta hora
Não sei o depois do amanhã
Só levarei o que vi ouvi e senti
E o que estiver dentro de mim
Se nessa vida não gozar
Das coisas boas, enfim,
Serão os outros a aproveitar
Desses bens materiais em vez de mim
Marlene Caminhoto Nassa
Desejo viver o agora
Não quero pensar no amanhã
Uso sempre meu melhor perfume
E perfumo o caminho que passo
Contemplo da noite o negrume
Não me arrependo do que faço
Coloco diariamente na mesa
As melhores louças e cristais
Enxugo me com toalhas macias
Acendo velas em castiçais
Quero somente usar
O que de melhor possuir
Sem nunca me preocupar
Se amanhã poderei fluir
É preciso viver o agora
Mesmo quando não se quer
E se amanhã é alguém
Que por nós chora
Em um cemitério qualquer?
Se eu estou viva nesta hora
Não sei o depois do amanhã
Só levarei o que vi ouvi e senti
E o que estiver dentro de mim
Se nessa vida não gozar
Das coisas boas, enfim,
Serão os outros a aproveitar
Desses bens materiais em vez de mim
MINHAS MÃOS CALAM
"Quanto tempo iludida
Quanto tempo colorida
Sem ver que na paleta da vida
Tu só via tons pasteis"
Ah! Como dói quando acontece...
E elas fecham-se em espasmos
Todas minhas cores, repentinamente se arrefecem
E as letras, não adiantam prece, se ausentam de mim...
Minhas letras...
Aquelas que te seguiam, em revoada
Sorridentes e coloridas te acordavam
Doando a ti, o arco-íres de mim...
Essas mesmas hoje, se vestem de cinza
E revoam os céus grafites
E lágrimas secaram ao vento, ao léu...
Elas simplesmente silenciam assim...
Fecham-se em si mesmas, como estátuas de sal
Se no aroma de tua alma, sinto algo de mal
e este negrume d'alma te abraça e abate
Nossa! Isto dói, e não é alarde...
Ver desmoronar um ser que amava
E perceber em tua aura, tanta mágoa
Fecham-se minhas mãos em pleno luto!
Luto, pela morte de um ídolo
No nascimento de um ser tão absurdo...
Mas ainda busco em meu íntimo, cores sépias
Para retocar as tuas folhas tão incertas
E espero um outono colorir...
As primaveras, que ja não vejo em ti.
Márcia Poesia de Sá – 04.01.2010
"Quanto tempo iludida
Quanto tempo colorida
Sem ver que na paleta da vida
Tu só via tons pasteis"
Ah! Como dói quando acontece...
E elas fecham-se em espasmos
Todas minhas cores, repentinamente se arrefecem
E as letras, não adiantam prece, se ausentam de mim...
Minhas letras...
Aquelas que te seguiam, em revoada
Sorridentes e coloridas te acordavam
Doando a ti, o arco-íres de mim...
Essas mesmas hoje, se vestem de cinza
E revoam os céus grafites
E lágrimas secaram ao vento, ao léu...
Elas simplesmente silenciam assim...
Fecham-se em si mesmas, como estátuas de sal
Se no aroma de tua alma, sinto algo de mal
e este negrume d'alma te abraça e abate
Nossa! Isto dói, e não é alarde...
Ver desmoronar um ser que amava
E perceber em tua aura, tanta mágoa
Fecham-se minhas mãos em pleno luto!
Luto, pela morte de um ídolo
No nascimento de um ser tão absurdo...
Mas ainda busco em meu íntimo, cores sépias
Para retocar as tuas folhas tão incertas
E espero um outono colorir...
As primaveras, que ja não vejo em ti.
Márcia Poesia de Sá – 04.01.2010
CULPA DO RELÓGIO
Marlene Caminhoto Nassa
Não posso culpar o relógio
Pelo tempo que vivi em vão
Pelo quanto te esperei também
Não posso culpá-lo não...
Pela eternidade que parece
O sofrimento nosso durar
Ele não pode ser o réu
Nem o podemos julgar
Quando não sentimos
O nosso tempo escoar
E despida de sentido
A nossa vida nos soar
Não pode ser culpa do relógio
Esse nosso tempo perdido
E o relacionamento rompido
Marlene Caminhoto Nassa
Não posso culpar o relógio
Pelo tempo que vivi em vão
Pelo quanto te esperei também
Não posso culpá-lo não...
Pela eternidade que parece
O sofrimento nosso durar
Ele não pode ser o réu
Nem o podemos julgar
Quando não sentimos
O nosso tempo escoar
E despida de sentido
A nossa vida nos soar
Não pode ser culpa do relógio
Esse nosso tempo perdido
E o relacionamento rompido
COLORINDO MEU SENTIR
Marlene Caminhoto Nassa
Ainda bem que sempre disponho
Dentro de mim uma paleta de cores
Para ir colorindo o que é risonho
E também o que são as dores
Sentimentos são coloridos
É só ter alma para enxergar
Roxos são amores doloridos
E vermelho seduz o amar
O meu pezar tem cor escura
E a paixão lembra o luar
Sentimentos benfazejos
Recordam o azul dos azulejos
Das paredes de além mar
O meu sentir hoje é tão branco
Que até chega os olhos ofuscar
Pois são todas as cores para o formar
E eu vivo em arco íris a sonhar
Marlene Caminhoto Nassa
Ainda bem que sempre disponho
Dentro de mim uma paleta de cores
Para ir colorindo o que é risonho
E também o que são as dores
Sentimentos são coloridos
É só ter alma para enxergar
Roxos são amores doloridos
E vermelho seduz o amar
O meu pezar tem cor escura
E a paixão lembra o luar
Sentimentos benfazejos
Recordam o azul dos azulejos
Das paredes de além mar
O meu sentir hoje é tão branco
Que até chega os olhos ofuscar
Pois são todas as cores para o formar
E eu vivo em arco íris a sonhar
COISAS DE MULHER
Marlene Caminhoto Nassa
A capacidade de gerar
Torna a mulher especial
Seu corpo e modelado
Para novo ser abrigar
Seus hormônios a conduzem
E a dotam de paciência
Exemplar
Ou de fúria
Espetacular
Só ela consegue em dezenas
Se multiplicar
Num único dia
Sem cessar
Vai da cozinheira faxineira
Motorista babá eleita
Enfermeira professora
Confidente companheira
Profissional perfeita
É amante à noite
Do marido
E mesmo insatisfeita
De manhã dá-lhe açoite
Do dia comprido
A lhe esperar
Passa da Cinderela
A gata borralheira
Num piscar
Sem direito sequer
De reclamar...
Marlene Caminhoto Nassa
A capacidade de gerar
Torna a mulher especial
Seu corpo e modelado
Para novo ser abrigar
Seus hormônios a conduzem
E a dotam de paciência
Exemplar
Ou de fúria
Espetacular
Só ela consegue em dezenas
Se multiplicar
Num único dia
Sem cessar
Vai da cozinheira faxineira
Motorista babá eleita
Enfermeira professora
Confidente companheira
Profissional perfeita
É amante à noite
Do marido
E mesmo insatisfeita
De manhã dá-lhe açoite
Do dia comprido
A lhe esperar
Passa da Cinderela
A gata borralheira
Num piscar
Sem direito sequer
De reclamar...
CHAMA DE TEU CORPO
Marlene Caminhoto Nassa
Quando encostas teu corpo no meu
Ele entra imediatamente
Em combustão
É como se uma labareda
Soltasse do corpo teu
E atingisse o combustível
Do meu...
Faísca de tensão
Desprende se do toque
De tua mão
Característica só
De quem ama
Chega dos olhos ao coração e
Numa fração
Incendeia
A nossa cama...
Marlene Caminhoto Nassa
Quando encostas teu corpo no meu
Ele entra imediatamente
Em combustão
É como se uma labareda
Soltasse do corpo teu
E atingisse o combustível
Do meu...
Faísca de tensão
Desprende se do toque
De tua mão
Característica só
De quem ama
Chega dos olhos ao coração e
Numa fração
Incendeia
A nossa cama...
CARNAVAL
Marlene Caminhoto Nassa
É batuque na rua
É batuque no salão
E batuque no peito
Rimando no meu coração
Meus amores esfiapados
Transformei em serpentina
E espalhei pra todos os lados
Aqui só bebo alegria
Até me embriagar
Vamos entrar nessa folia
Sem ter hora pra parar
Passando de mão em mão
Conduziremos o trem da imaginação
Seremos o piloto do avião
Ou o comandante da embarcação
E sendo só imaginação
Sozinha nunca irei me sentir
No meio dessa multidão
Com as fantasias que poderei vestir
Sou a rainha sou o rei
E qualquer um outro serei
Dançando no Salão de festas
Dos corações de todos os Poetas!
Marlene Caminhoto Nassa
É batuque na rua
É batuque no salão
E batuque no peito
Rimando no meu coração
Meus amores esfiapados
Transformei em serpentina
E espalhei pra todos os lados
Aqui só bebo alegria
Até me embriagar
Vamos entrar nessa folia
Sem ter hora pra parar
Passando de mão em mão
Conduziremos o trem da imaginação
Seremos o piloto do avião
Ou o comandante da embarcação
E sendo só imaginação
Sozinha nunca irei me sentir
No meio dessa multidão
Com as fantasias que poderei vestir
Sou a rainha sou o rei
E qualquer um outro serei
Dançando no Salão de festas
Dos corações de todos os Poetas!
CÂNTARO QUE SE PARTE
Marlene Caminhoto Nassa
Mesmo aos pedaços assim
O lindo cântaro de água
Espalhado em cacos pelo jardim
Parece alguma história de amor
Imagino que um dia ele foi lindo
Querido e desejado
Cheio de água ou de flor
Era sempre festejado
Enquanto servia a rigor
No chão, triste e quebrado
Sem serventia nem valor
Almeja não ser muito pisado
Para não sentir tanta dor
Aos pedaços, sem sua identidade
Ninguém hoje se lembra
O quanto ele deu de felicidade
Nem tem idéia de quanta sede aplacou
Não pode ser mais refeito
Assim esmagado e desfeito
Por mais que se sinta só
Não há jeito:
É como nós
Vai acabar virando pó...
Marlene Caminhoto Nassa
Mesmo aos pedaços assim
O lindo cântaro de água
Espalhado em cacos pelo jardim
Parece alguma história de amor
Imagino que um dia ele foi lindo
Querido e desejado
Cheio de água ou de flor
Era sempre festejado
Enquanto servia a rigor
No chão, triste e quebrado
Sem serventia nem valor
Almeja não ser muito pisado
Para não sentir tanta dor
Aos pedaços, sem sua identidade
Ninguém hoje se lembra
O quanto ele deu de felicidade
Nem tem idéia de quanta sede aplacou
Não pode ser mais refeito
Assim esmagado e desfeito
Por mais que se sinta só
Não há jeito:
É como nós
Vai acabar virando pó...
BREVIDADE
Marlene Caminhoto Nassa
O instante
Não se conceitua
Pode durar uma brevidade
Pode durar uma eternidade
A libélula vive
Intensamente
Por um só dia
Mas é sua eternidade
Nesse dia
É breve o tempo
Quando estamos juntos
E morremos de saudade
Um instante longe
Parecendo eternidade
O efêmero
A brevidade
Tem que ter
Um contraponto
Mesmo assim
Enfim
Para poder se mensurar
Dependendo da intensidade
Do sentir
Podemos nunca acertar...
Marlene Caminhoto Nassa
O instante
Não se conceitua
Pode durar uma brevidade
Pode durar uma eternidade
A libélula vive
Intensamente
Por um só dia
Mas é sua eternidade
Nesse dia
É breve o tempo
Quando estamos juntos
E morremos de saudade
Um instante longe
Parecendo eternidade
O efêmero
A brevidade
Tem que ter
Um contraponto
Mesmo assim
Enfim
Para poder se mensurar
Dependendo da intensidade
Do sentir
Podemos nunca acertar...
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
ALCANCE
Marlene Caminhoto Nassa
Uma parte de mim
Ainda sonha
Mas a outra parte
Não
Uma parte de mim
Ainda tem esperança
Mas a outra
Tem solidão
Uma parte dos meus olhos
Alcança o infinito
Mas a outra parte
Só alcança o chão
Uma parte dos desejos
Alcanço com as mãos
A outra parte
Não
Uma parte de mim é alegria
É futuro
Alcança a utopia
A outra parte
Não
Uma parte de mim
Não mais me alcança
E a outra parte
Também não!
Marlene Caminhoto Nassa
Uma parte de mim
Ainda sonha
Mas a outra parte
Não
Uma parte de mim
Ainda tem esperança
Mas a outra
Tem solidão
Uma parte dos meus olhos
Alcança o infinito
Mas a outra parte
Só alcança o chão
Uma parte dos desejos
Alcanço com as mãos
A outra parte
Não
Uma parte de mim é alegria
É futuro
Alcança a utopia
A outra parte
Não
Uma parte de mim
Não mais me alcança
E a outra parte
Também não!
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