quarta-feira, 7 de setembro de 2011

MINHAS MÃOS CALAM


"Quanto tempo iludida
Quanto tempo colorida
Sem ver que na paleta da vida
Tu só via tons pasteis"


Ah! Como dói quando acontece...
E elas fecham-se em espasmos
Todas minhas cores, repentinamente se arrefecem
E as letras, não adiantam prece, se ausentam de mim...

Minhas letras...
Aquelas que te seguiam, em revoada
Sorridentes e coloridas te acordavam
Doando a ti, o arco-íres de mim...

Essas mesmas hoje, se vestem de cinza
E revoam os céus grafites
E lágrimas secaram ao vento, ao léu...

Elas simplesmente silenciam assim...
Fecham-se em si mesmas, como estátuas de sal
Se no aroma de tua alma, sinto algo de mal
e este negrume d'alma te abraça e abate

Nossa! Isto dói, e não é alarde...
Ver desmoronar um ser que amava
E perceber em tua aura, tanta mágoa

Fecham-se minhas mãos em pleno luto!
Luto, pela morte de um ídolo
No nascimento de um ser tão absurdo...

Mas ainda busco em meu íntimo, cores sépias
Para retocar as tuas folhas tão incertas
E espero um outono colorir...
As primaveras, que ja não vejo em ti.

Márcia Poesia de Sá – 04.01.2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário