quinta-feira, 7 de junho de 2012

APRENDENDO A VOAR CONTIGO
Marlene Caminhoto Nassa
Sinto, por vezes, o meu vôo incerto...
Passos em solo movediço em direção a nada
E pela vertente dessa incerteza, sou desmedida
E te prendo e enrrodilho em asas de fada,
ao perceber oblíquo qualquer teu passo
Tentando desvendar esse teu ato,
Mas com a medida de meu próprio laço...
Não digas nada, não me censures,
Abraça me forte
E me aponta o norte...
É o amor que me põe em desiquilíbrio
E é por querer te tanto que
Meu corpo anseia, ébrio,
Somente por teu beijo no meu seio...
Atenda esse meu desejo, e qual pedra lançada
Na água parada de um lago, faça círculos concêntricos
No meio de meus cabelos, com teus dedos e mais nada...
Aguarde que a ansiedade se atenue em espasmos idênticos
Do prazer que te darei em troca...
Abras teus braços e me acolha neles com carinho
Beija me com ternura e não perguntes nada
Sou pequena ave que caiu do ninho
Acolha me e verás, encantado,
A beleza do vôo desse passarinho!

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