terça-feira, 5 de junho de 2012

RAÍZES EXPOSTAS
Marlene Caminhoto Nassa
 
Tentando entrançar as veias do meu tronco na terra
que brotam como urzes incensadas na mente
E são como raízes que se fixam em solo de aluvião
É quase que uma eterna a raiz, tão somente,
que nasce de dentro de mim, explodindo do corpo,
qual planta florescendo no húmido que agasalho
no meio das pernas, nesse cio já quase morto...
 
A semente jogada a esmo,
no atalho,
no ralo,
ou no ato falho
exibe essas monstruosas raízes expostas
frágeis demais por não terem chão,
já não têm planta
nem janta
nem manta
a cobrir ou alimentar esse corpo
alquebrado
gelado
São só raízes expostas
e sem respostas...

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