terça-feira, 5 de julho de 2011

TEU LUGAR
Marlene Caminhoto Nassa


Em meio a um turbilhão
Que me sacode e arremessa
Presa nesse vendaval sem direção
Que de trégua sequer há promessa

Possuo só o calor do meu verso
E o final da dor tarda em chegar
Pois esse destino perverso
Teima sempre em me torturar

Atada a esse desamor eu faço
Rituais de minha descrucificação
Dessa falsa cruz do teu abraço
E sigo em triste procissão

E em meio a essa noite fria
A solidão pôs se a aninhar
Na minha cama agora vazia

E já tomou de vez teu lugar...

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