terça-feira, 5 de julho de 2011

UM VULTO UM OLHAR
Marlene Caminhoto Nassa

O que restou de lembrança
Foi a expressão de seu olhar
Que parecia não acreditar
Que eu queria tudo terminar

Abusou da minha paciência
Levou embora minha inocência
E me fez desacreditar
Para sempre em amar

Não tive outra opção
Ou continuaria a opressão
Ou dava logo um basta
Nisso tudo
E tratava de me levantar

Sua presença
Antes tão imponente
Reduziu-se num vulto
Escuro à luz do luar

Aí você ficou mudo
Não havia
O que contestar

Refletido naquele muro
Um vulto seu
No muro
E uma lágrima
No meu olhar

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