UM VULTO UM OLHAR
Marlene Caminhoto Nassa
O que restou de lembrança
Foi a expressão de seu olhar
Que parecia não acreditar
Que eu queria tudo terminar
Abusou da minha paciência
Levou embora minha inocência
E me fez desacreditar
Para sempre em amar
Não tive outra opção
Ou continuaria a opressão
Ou dava logo um basta
Nisso tudo
E tratava de me levantar
Sua presença
Antes tão imponente
Reduziu-se num vulto
Escuro à luz do luar
Aí você ficou mudo
Não havia
O que contestar
Refletido naquele muro
Um vulto seu
No muro
E uma lágrima
No meu olhar
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