segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
GRANITO
Marlene Caminhoto Nassa
Como resto grudado na barranca de um rio
sinto me agora um arremedo de poesia
restante da torrente das águas turbulentas
das tuas palavras de incompreensão e de frio
Arrastou nessa corredeira toda minha alegria
E deixou na minha alma a sensação do vazio
E o significado de ter sido só objeto
de uso consentido
descartável
poluído
mas não menos
infinitamente doído...
A doçura de antes,
Conseguido teu intento,
tirou me de vez
o alento
e o encanto
transmudou me o canto
E hoje
meu grito
é só de granito...
Marlene Caminhoto Nassa
Como resto grudado na barranca de um rio
sinto me agora um arremedo de poesia
restante da torrente das águas turbulentas
das tuas palavras de incompreensão e de frio
Arrastou nessa corredeira toda minha alegria
E deixou na minha alma a sensação do vazio
E o significado de ter sido só objeto
de uso consentido
descartável
poluído
mas não menos
infinitamente doído...
A doçura de antes,
Conseguido teu intento,
tirou me de vez
o alento
e o encanto
transmudou me o canto
E hoje
meu grito
é só de granito...
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
CONTINUAR A ENCANTAR
Marlene Caminhoto Nassa
A tua ausência
tem sido para mim
a mais triste presença,
a mais sofrida sentença...
E mesmo nessa descrença
que nutres sobre a verdade
que não queres acreditar
e minha perseverança
em te provar a lealdade
sobre a palavra empenhada
não me deixa ficar calada
e necessito gritar:
Eu te quero de qualquer
maneira
só não me deixes aqui
nesta beira
tentando me equilibrar
nem deixando o pranto rolar
Amanses um pouco
teu coração
Não me digas mais
não!
Ame me com a ternura
do primeiro olhar
a paixão do primeiro sexo
aperte-me
num amplexo
extremanente solar
Olhe me fundo
nos olhos
Nunca me faças
mais chorar
Beijes a palma de minha mão
e seja o que for
por favor
continues a me encantar!
terça-feira, 15 de novembro de 2011
VENHA DEPRESSA
Marlene Caminhoto Nassa
O espaço traçado
entre voce e eu
de repente se fechou
no lado seu...Meu coração
apertado
um bocado
sentiu seencurralado
sem saber
qual lado
escolher...Voce impos
essa barreira
assim sem eira
nem beira
E não ve
nessa atitude
que se ilude
pois não deixo
de querer...
Minha paixão
é tão forte
que me retira
o norte
e faz com que
até me fira
mas nunca tira
o tesão que tem
seu nome
e que inteira
me consome
devagar...
Dá uma trégua
mata minha fome
desmedida de régua
e sem nada regular
Seja de novo
o meu homem
e venha depressa
me amar!
sábado, 12 de novembro de 2011
AZUL MARINHO
Marlene C Nassa
Quando o sol está se pondo
Lá na linha do horizonte
É para mim mesma que respondo
As perguntas que fiz de manhã
Percebo que nada escondo
Que vivi tudo de alma sã
Enquanto o azul claro do céu
Em azul marinho foi se tornando
Consciência tranqüila e paz
Cobrem meu espírito como um véu
Do azul marinho doce mel
Um tapete de estrelas se faz
Traz serenidade e me invade
E as estrelas mostram esperança
E que pode haver luz e bonança
Nesta minha já meia idade
Marlene C Nassa
Quando o sol está se pondo
Lá na linha do horizonte
É para mim mesma que respondo
As perguntas que fiz de manhã
Percebo que nada escondo
Que vivi tudo de alma sã
Enquanto o azul claro do céu
Em azul marinho foi se tornando
Consciência tranqüila e paz
Cobrem meu espírito como um véu
Do azul marinho doce mel
Um tapete de estrelas se faz
Traz serenidade e me invade
E as estrelas mostram esperança
E que pode haver luz e bonança
Nesta minha já meia idade
SEM FIM
Marlene Caminhoto Nassa
Me beije
me cheire
me lambe
me toque
me jogue
na cama
me mostre
teu corpo
crescendo
fazendo
meu corpo
ansiar
me deixe
gemendo
gemendo
continue
a beijar
enterre
me cheire
me lambe
me toque
me jogue
na cama
me mostre
teu corpo
crescendo
fazendo
meu corpo
ansiar
me deixe
gemendo
gemendo
continue
a beijar
enterre
bem fundo
me vire
de lado
de costas
de baixo
de cima
continue
me vire
de lado
de costas
de baixo
de cima
continue
a beijar
me deixe
gemendo
gemendo
o movimento
comandar
continue
beijando
cheirando
lambendo
tocando
estocando
gemendo
gemendo
o movimento
comandar
continue
beijando
cheirando
lambendo
tocando
estocando
estocando
me deixe
gritando
me deixe
gritando
gritando
ate junto
gozar!!!
continue
ate junto
gozar!!!
continue
mexendo
mexendo
mexendo
beijando
beijando
lambendo
lambendo
não pare
nem saia
de dentro
nem saia
de dentro
de mim
te quero
sem fim!!!!
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
OLHOS DO TEU CORAÇÃO
Marlene Caminhoto Nassa
Olhes-me com o olhar
Só do teu coração
Entendas-me
Com a compreensão de poeta
Tateies por meus sentimentos
Toda a dimensão do amor meu
Lendo só no braile da tua emoção
Os por quês desta minha solidão
Explores-me nesse teu ato
Minucioso, perfeito e exato,
Enviando de teu coração à razão
E encontrarás escondida nos espaços,
Camuflada entre outros traços
Que não são meus
A menina que sou de fato
E que agora se expõe aos olhos teus...
domingo, 6 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
RESPOSTA TUA
Marlene Caminhoto Nassa
Leia-me com tuas mãos
no braile perfeito
da visão do tacto
Explora-me neste leito,
momento exato,
em que te permito
todos os acessos
Sejamos réus inconfessos
safados e devassos
neste nosso espaço
onde partilhamos
a alegria
o sexo
e o abraço
E para cada pedaço
tateado do corpo meu
respondes
com a poesia
da ereção do corpo teu...
Marlene Caminhoto Nassa
Leia-me com tuas mãos
no braile perfeito
da visão do tacto
Explora-me neste leito,
momento exato,
em que te permito
todos os acessos
Sejamos réus inconfessos
safados e devassos
neste nosso espaço
onde partilhamos
a alegria
o sexo
e o abraço
E para cada pedaço
tateado do corpo meu
respondes
com a poesia
da ereção do corpo teu...
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
com MARLENE CAMINHOTO NASSA
DE REPENTE, POESIA
Inseriu-se lentamente
num toque de desassossego
e o leitor sentiu-se tonto
com medo do brinquedo
A poesia fez-se luz
brindava ao puro amor
retirava espinhos de dor
abria sorrisos espontâneos
Mas o medo não impedia
toda a ousadia de tentar
e as palavras borbulhantes
explodiam dele, sem parar
E soltos, os versos formavam
estrofes em profusão e finalmente
nascia assim uma linda poesia
de outra maneira e de repente!
Anorkinda e Marlene Caminhoto Nassa
Inseriu-se lentamente
num toque de desassossego
e o leitor sentiu-se tonto
com medo do brinquedo
A poesia fez-se luz
brindava ao puro amor
retirava espinhos de dor
abria sorrisos espontâneos
Mas o medo não impedia
toda a ousadia de tentar
e as palavras borbulhantes
explodiam dele, sem parar
E soltos, os versos formavam
estrofes em profusão e finalmente
nascia assim uma linda poesia
de outra maneira e de repente!
Anorkinda e Marlene Caminhoto Nassa
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
terça-feira, 18 de outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
O BEIJO NA PALMA DA MÃO
Marlene Caminhoto Nassa
Depois que beijastes a palma de minha mão
A solidão e o tédio não existem mais não
O poço fundo de mistérios meu e teu
É o que nos fará alçar voos e
Acompanharmos os volteios do falcão
Mas ele não nos pega não...
A flor do cemitério
Germinada em podridão
Dela nunca haveremos de sentir o cheiro
Com o tempo morrerá no mesmo chão...
O riso das manhãs será só nosso
Tomaremos o café fresco que eu faço
E dividiremos o pão e o passo
Pranto só de prazer em nosso laço
O fogo de nossa paixão arde
E não haverá visgo e tem nome
O bebê que vês é o que dentro nos habita
E a mão será sempre bendita
A derreter qualquer gelo e fome
O mundo está pleno, inteiro,
Por que meu amor por ti
É verdadeiro!
O que explode dentro de mim
É uma bomba de cetim
De teu sêmen em mim
Nós dois nos despimos no chuveiro
E tu acariciarás o meu rim
E na brisa da noite, com o cheiro do jasmim
Receberás o beijo doce e ele tem dono
É só teu! De mais ninguém enfim
No quarto te espero sempre sem temor
Pois aceitastes o meu amor
Não pulo sozinha essa dança,
Celebras comigo a vida sem morte
Nós nos encontramos e isso é sorte!
Chovia a chuva benfazeja
Enquanto a palma da mão tu me beijavas
O sol invadia nossa vida e coração
Comeremos um pão abençoado
De mãos dadas e em comunhão
Eu te oferecerei o vinho da paixão
O mundo que verei de olho aberto
Será nosso mesmo, homem,
E terá o tamanho de nossos sonhos,
Infinitamente maior do que um grão...
Haverá só paz na nossa terra
E o nosso chão será canção
Nunca te negarei minha água
E repartiremos todo o pão
Esse mundo atrás de nossa porta
Será de luz e muito amor
É novo ainda, mas o que importa
Não é o som do pandeiro ou
Os furos da peneira sem eira
Pois teremos até tribeira,
Eu te prometo
Meu grande e infinito amor!
domingo, 16 de outubro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
ENCONTRO NUM VERSO MEU
Marlene Caminhoto Nassa
Um encontro contigo quero marcar
Tem que ser num verso meu
Antes da minha poesia acabar...
Há muita tristeza e dor
Pois deixastes meu coração partido
E quando chegares ao meu verso,
Cuidado! Ele está muito dolorido!
Aproxima-te devagar
De todas as palavras tristes
Que fores encontrar
E que formam estrofes sem cor
Pois serás tu que me trarás alegria
Ao nosso encontro na poesia
O tempo escasso nos domina
Façamos amor já sobre essa rima
Precisamos viver esta paixão tão linda
Para transformar toda a minha dor
E quando minha poesia já estiver finda
Seremos nós dois um poema de amor!
Marlene Caminhoto Nassa
Um encontro contigo quero marcar
Tem que ser num verso meu
Antes da minha poesia acabar...
Há muita tristeza e dor
Pois deixastes meu coração partido
E quando chegares ao meu verso,
Cuidado! Ele está muito dolorido!
Aproxima-te devagar
De todas as palavras tristes
Que fores encontrar
E que formam estrofes sem cor
Pois serás tu que me trarás alegria
Ao nosso encontro na poesia
O tempo escasso nos domina
Façamos amor já sobre essa rima
Precisamos viver esta paixão tão linda
Para transformar toda a minha dor
E quando minha poesia já estiver finda
Seremos nós dois um poema de amor!
SEDUÇÃO
Marlene Caminhoto Nassa
Quero vestir minha alma
Com a transparência
Das rendas e do cetim
Para que tu a conheças
Melhor assim
Delinear o contorno
Dos olhos de negro
E nas faces espalhar
O mais puro carmim
Maquiar a boca de vermelho
Para o meu beijo marcar
Pelo teu corpo inteiro
E te prender com meu beijar
Amarrar-te em uma teia
De perfumes e luz de velas
Em candelabros de cristal
Tirar devagarzinho a meia
Enquanto ficas a me espiar
Desenhar com dedos e a boca
Loucas telas
No teu pensar
Lambuzar com cores
Todo o teu desejar
Arrepiar-te por inteiro
Esquecendo os pudores
Colocar te em ebulição e
Sentir te meu e verdadeiro
Nessa deliciosa sedução
Marlene Caminhoto Nassa
Quero vestir minha alma
Com a transparência
Das rendas e do cetim
Para que tu a conheças
Melhor assim
Delinear o contorno
Dos olhos de negro
E nas faces espalhar
O mais puro carmim
Maquiar a boca de vermelho
Para o meu beijo marcar
Pelo teu corpo inteiro
E te prender com meu beijar
Amarrar-te em uma teia
De perfumes e luz de velas
Em candelabros de cristal
Tirar devagarzinho a meia
Enquanto ficas a me espiar
Desenhar com dedos e a boca
Loucas telas
No teu pensar
Lambuzar com cores
Todo o teu desejar
Arrepiar-te por inteiro
Esquecendo os pudores
Colocar te em ebulição e
Sentir te meu e verdadeiro
Nessa deliciosa sedução
sábado, 10 de setembro de 2011
PELA ESTRADA
Marlene Caminhoto Nassa
De não ser mais decidida
De não oferecer a outra face
Para bater...
De não se importar com mais nada
De só conseguir ficar calada
De não parar de sofrer
Farrapos vão caindo de mim pela estrada
À procura de um abrigo...
Mas os pedaços meus pela estrada
Quando não encontram um amigo
São somente farrapos
E mais nada...
Marlene Caminhoto Nassa
De não ser mais decidida
De não oferecer a outra face
Para bater...
De não se importar com mais nada
De só conseguir ficar calada
De não parar de sofrer
Farrapos vão caindo de mim pela estrada
À procura de um abrigo...
Mas os pedaços meus pela estrada
Quando não encontram um amigo
São somente farrapos
E mais nada...
FIM
Marlene Caminhoto Nassa
Nossa história foi tão curta
Que encontrou logo seu fim
Sou hoje uma folha seca
Inerte neste jardim...
Tento, em vão, buscar um apoio,
Separar o trigo do joio,
Acreditando que a decisão foi certa,
O que começa errado não se conserta...
Na solidão de dentro de mim
Impossível recolher os cacos assim,
Dar a mão à palmatória e
Reconhecer que eu errei
Colocar o orgulho do lado,
Prometer nunca mais cometer o pecado
De gostar de quem não gosta de mim...
Marlene Caminhoto Nassa
Nossa história foi tão curta
Que encontrou logo seu fim
Sou hoje uma folha seca
Inerte neste jardim...
Tento, em vão, buscar um apoio,
Separar o trigo do joio,
Acreditando que a decisão foi certa,
O que começa errado não se conserta...
Na solidão de dentro de mim
Impossível recolher os cacos assim,
Dar a mão à palmatória e
Reconhecer que eu errei
Colocar o orgulho do lado,
Prometer nunca mais cometer o pecado
De gostar de quem não gosta de mim...
CONFISSÃO
Marlene Caminhoto Nassa
Se ajoelhares aos meus pés
E ires percorrendo meus caminhos,
Com tuas mãos e tua boca
E me deixares como louca
A seguir esses teus passos
Juro que eu te confesso
Minhas fantasias mais secretas
Meus desejos mais devassos
Eu te mostro os pecados e peço
Que mostres os teus sem temor
E nossos obscuros lados
Poderão ser explorados
Sem nenhum pudor...
Marlene Caminhoto Nassa
Se ajoelhares aos meus pés
E ires percorrendo meus caminhos,
Com tuas mãos e tua boca
E me deixares como louca
A seguir esses teus passos
Juro que eu te confesso
Minhas fantasias mais secretas
Meus desejos mais devassos
Eu te mostro os pecados e peço
Que mostres os teus sem temor
E nossos obscuros lados
Poderão ser explorados
Sem nenhum pudor...
COLAR DE PÉROLAS
Marlene Caminhoto Nassa
Tu, deitado ao meu lado,
A me olhar...
E eu, ajoelhada e nua,
Com pérolas,
Para te enfeitar...
Quero envolver teu sexo
Com pérolas de meu colar
Circular suavemente,
Fazendo cada conta ir roçando,
Tua carne rija e quente,
E essas pérolas, como uma serpente,
Qual toque sutil de um dente,
Comprimindo o suficiente
Para te fazer enlouquecer
De prazer
Enrodilhadas na coluna tua...
De testemunha
Somente a lua...
Marlene Caminhoto Nassa
Tu, deitado ao meu lado,
A me olhar...
E eu, ajoelhada e nua,
Com pérolas,
Para te enfeitar...
Quero envolver teu sexo
Com pérolas de meu colar
Circular suavemente,
Fazendo cada conta ir roçando,
Tua carne rija e quente,
E essas pérolas, como uma serpente,
Qual toque sutil de um dente,
Comprimindo o suficiente
Para te fazer enlouquecer
De prazer
Enrodilhadas na coluna tua...
De testemunha
Somente a lua...
SEM ESPAÇO
Marlene Caminhoto Nassa
Estendo minhas mãos, num anseio,
Tentando,
Que doida,
Segurar meu devaneio!
Mas é meu sonho
Que me escapa
E se esfiapa,
E em mil rodeios me enleio.
E assim enleada e enrolada,
Sem ter de mim mais nada,
Só espiar é o que me resta,
E do cantinho desta fresta,
Tento içar de mim um pedaço,
Pois quem sabe,
Devagarinho,
Eu possa desatar esse laço!
Mas que tola!
Sem espaço!
Como posso?
Como faço?
Marlene Caminhoto Nassa
Estendo minhas mãos, num anseio,
Tentando,
Que doida,
Segurar meu devaneio!
Mas é meu sonho
Que me escapa
E se esfiapa,
E em mil rodeios me enleio.
E assim enleada e enrolada,
Sem ter de mim mais nada,
Só espiar é o que me resta,
E do cantinho desta fresta,
Tento içar de mim um pedaço,
Pois quem sabe,
Devagarinho,
Eu possa desatar esse laço!
Mas que tola!
Sem espaço!
Como posso?
Como faço?
A MARIPOSA E A LÂMPADA
Marlene Caminhoto Nassa
Tão tonta como uma mariposa
Que vai a busca de luz
E morre sem piedade
Da lâmpada que a seduz
Fui em busca do teu chamado
Sem me importar com o pecado
Ofuscada pela brilhante luz
Dessa paixão desmedida
Já sabia o que esperar
Dessa ilusão descabida
Eu me apoiei em ti
Mesmo sabendo seres vento
Não pude então reclamar
Quando o vento virou furacão
Varrendo e levando com ele
Meus sonhos e minha ilusão
Marlene Caminhoto Nassa
Tão tonta como uma mariposa
Que vai a busca de luz
E morre sem piedade
Da lâmpada que a seduz
Fui em busca do teu chamado
Sem me importar com o pecado
Ofuscada pela brilhante luz
Dessa paixão desmedida
Já sabia o que esperar
Dessa ilusão descabida
Eu me apoiei em ti
Mesmo sabendo seres vento
Não pude então reclamar
Quando o vento virou furacão
Varrendo e levando com ele
Meus sonhos e minha ilusão
ARRUMAR A CASA
Marlene Caminhoto Nassa
Depois que daqui te fostes
Precisei arrumar a casa
Parecia um furacão
Que havia passado por ela
Meus sentimentos
Esgarçados
Amassados
Pisoteados
Arremessados no chão
Minha alegria
Antes tão linda
Quedava morta
Em baixo da porta
Em cima da nossa cama
Emaranhada nos lençóis
De cetim
Nossa história de amor
E chama
Agonizava enfim
As paredes testemunhas
Mudas
Do seu falso amor
A mim
Estavam encardidas
Difíceis de limpar
Assim
Vai levar muito tempo
Para limpar e arrumar
Se é que de casa
Posso chamar
Sem o teto e sem o chão
Histórias agonizantes
Turvando dela o semblante
E me lembrando
A todo instante
O cansaço que terei
Em meio a essa sordidez
Para arrumar e reerguê-la
Outra vez!
Marlene Caminhoto Nassa
Depois que daqui te fostes
Precisei arrumar a casa
Parecia um furacão
Que havia passado por ela
Meus sentimentos
Esgarçados
Amassados
Pisoteados
Arremessados no chão
Minha alegria
Antes tão linda
Quedava morta
Em baixo da porta
Em cima da nossa cama
Emaranhada nos lençóis
De cetim
Nossa história de amor
E chama
Agonizava enfim
As paredes testemunhas
Mudas
Do seu falso amor
A mim
Estavam encardidas
Difíceis de limpar
Assim
Vai levar muito tempo
Para limpar e arrumar
Se é que de casa
Posso chamar
Sem o teto e sem o chão
Histórias agonizantes
Turvando dela o semblante
E me lembrando
A todo instante
O cansaço que terei
Em meio a essa sordidez
Para arrumar e reerguê-la
Outra vez!
AZUL MARINHO
Marlene Caminhoto Nassa
Quando o sol está se pondo
Lá na linha do horizonte
É para mim mesma que respondo
As perguntas que fiz de manhã
Percebo que nada escondo
Que vivi tudo de alma sã
Enquanto o azul claro do céu
Em azul marinho foi se tornando
Consciência tranqüila e paz
Cobrem meu espírito como um véu
Do azul marinho doce mel
Um tapete de estrelas se faz
E as estrelas mostram esperança
Traz serenidade e me invade
E que pode haver luz e bonança
Nesta minha já meia idade
Marlene Caminhoto Nassa
Quando o sol está se pondo
Lá na linha do horizonte
É para mim mesma que respondo
As perguntas que fiz de manhã
Percebo que nada escondo
Que vivi tudo de alma sã
Enquanto o azul claro do céu
Em azul marinho foi se tornando
Consciência tranqüila e paz
Cobrem meu espírito como um véu
Do azul marinho doce mel
Um tapete de estrelas se faz
E as estrelas mostram esperança
Traz serenidade e me invade
E que pode haver luz e bonança
Nesta minha já meia idade
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
DISFARCE
Marlene Caminhoto Nassa
Tu te suplantas
Nos disfarces
E nas mentiras
Que tentas
Aplicar em mim
Sabes que não sou idiota
Mas se comporta mesmo assim
Enganas a ti próprio
Não a mim
Lugar de palhaço
É no picadeiro
E de galo
É no poleiro
Estou muito cansada
De atitudes infantis
Cresça
Amadureça
Enfim
Quem sabe
Não haverá
Entre nós
Inevitável fim
Marlene Caminhoto Nassa
Tu te suplantas
Nos disfarces
E nas mentiras
Que tentas
Aplicar em mim
Sabes que não sou idiota
Mas se comporta mesmo assim
Enganas a ti próprio
Não a mim
Lugar de palhaço
É no picadeiro
E de galo
É no poleiro
Estou muito cansada
De atitudes infantis
Cresça
Amadureça
Enfim
Quem sabe
Não haverá
Entre nós
Inevitável fim
DEPOIS DO AMANHÃ
Marlene Caminhoto Nassa
Desejo viver o agora
Não quero pensar no amanhã
Uso sempre meu melhor perfume
E perfumo o caminho que passo
Contemplo da noite o negrume
Não me arrependo do que faço
Coloco diariamente na mesa
As melhores louças e cristais
Enxugo me com toalhas macias
Acendo velas em castiçais
Quero somente usar
O que de melhor possuir
Sem nunca me preocupar
Se amanhã poderei fluir
É preciso viver o agora
Mesmo quando não se quer
E se amanhã é alguém
Que por nós chora
Em um cemitério qualquer?
Se eu estou viva nesta hora
Não sei o depois do amanhã
Só levarei o que vi ouvi e senti
E o que estiver dentro de mim
Se nessa vida não gozar
Das coisas boas, enfim,
Serão os outros a aproveitar
Desses bens materiais em vez de mim
Marlene Caminhoto Nassa
Desejo viver o agora
Não quero pensar no amanhã
Uso sempre meu melhor perfume
E perfumo o caminho que passo
Contemplo da noite o negrume
Não me arrependo do que faço
Coloco diariamente na mesa
As melhores louças e cristais
Enxugo me com toalhas macias
Acendo velas em castiçais
Quero somente usar
O que de melhor possuir
Sem nunca me preocupar
Se amanhã poderei fluir
É preciso viver o agora
Mesmo quando não se quer
E se amanhã é alguém
Que por nós chora
Em um cemitério qualquer?
Se eu estou viva nesta hora
Não sei o depois do amanhã
Só levarei o que vi ouvi e senti
E o que estiver dentro de mim
Se nessa vida não gozar
Das coisas boas, enfim,
Serão os outros a aproveitar
Desses bens materiais em vez de mim
MINHAS MÃOS CALAM
"Quanto tempo iludida
Quanto tempo colorida
Sem ver que na paleta da vida
Tu só via tons pasteis"
Ah! Como dói quando acontece...
E elas fecham-se em espasmos
Todas minhas cores, repentinamente se arrefecem
E as letras, não adiantam prece, se ausentam de mim...
Minhas letras...
Aquelas que te seguiam, em revoada
Sorridentes e coloridas te acordavam
Doando a ti, o arco-íres de mim...
Essas mesmas hoje, se vestem de cinza
E revoam os céus grafites
E lágrimas secaram ao vento, ao léu...
Elas simplesmente silenciam assim...
Fecham-se em si mesmas, como estátuas de sal
Se no aroma de tua alma, sinto algo de mal
e este negrume d'alma te abraça e abate
Nossa! Isto dói, e não é alarde...
Ver desmoronar um ser que amava
E perceber em tua aura, tanta mágoa
Fecham-se minhas mãos em pleno luto!
Luto, pela morte de um ídolo
No nascimento de um ser tão absurdo...
Mas ainda busco em meu íntimo, cores sépias
Para retocar as tuas folhas tão incertas
E espero um outono colorir...
As primaveras, que ja não vejo em ti.
Márcia Poesia de Sá – 04.01.2010
"Quanto tempo iludida
Quanto tempo colorida
Sem ver que na paleta da vida
Tu só via tons pasteis"
Ah! Como dói quando acontece...
E elas fecham-se em espasmos
Todas minhas cores, repentinamente se arrefecem
E as letras, não adiantam prece, se ausentam de mim...
Minhas letras...
Aquelas que te seguiam, em revoada
Sorridentes e coloridas te acordavam
Doando a ti, o arco-íres de mim...
Essas mesmas hoje, se vestem de cinza
E revoam os céus grafites
E lágrimas secaram ao vento, ao léu...
Elas simplesmente silenciam assim...
Fecham-se em si mesmas, como estátuas de sal
Se no aroma de tua alma, sinto algo de mal
e este negrume d'alma te abraça e abate
Nossa! Isto dói, e não é alarde...
Ver desmoronar um ser que amava
E perceber em tua aura, tanta mágoa
Fecham-se minhas mãos em pleno luto!
Luto, pela morte de um ídolo
No nascimento de um ser tão absurdo...
Mas ainda busco em meu íntimo, cores sépias
Para retocar as tuas folhas tão incertas
E espero um outono colorir...
As primaveras, que ja não vejo em ti.
Márcia Poesia de Sá – 04.01.2010
CULPA DO RELÓGIO
Marlene Caminhoto Nassa
Não posso culpar o relógio
Pelo tempo que vivi em vão
Pelo quanto te esperei também
Não posso culpá-lo não...
Pela eternidade que parece
O sofrimento nosso durar
Ele não pode ser o réu
Nem o podemos julgar
Quando não sentimos
O nosso tempo escoar
E despida de sentido
A nossa vida nos soar
Não pode ser culpa do relógio
Esse nosso tempo perdido
E o relacionamento rompido
Marlene Caminhoto Nassa
Não posso culpar o relógio
Pelo tempo que vivi em vão
Pelo quanto te esperei também
Não posso culpá-lo não...
Pela eternidade que parece
O sofrimento nosso durar
Ele não pode ser o réu
Nem o podemos julgar
Quando não sentimos
O nosso tempo escoar
E despida de sentido
A nossa vida nos soar
Não pode ser culpa do relógio
Esse nosso tempo perdido
E o relacionamento rompido
COLORINDO MEU SENTIR
Marlene Caminhoto Nassa
Ainda bem que sempre disponho
Dentro de mim uma paleta de cores
Para ir colorindo o que é risonho
E também o que são as dores
Sentimentos são coloridos
É só ter alma para enxergar
Roxos são amores doloridos
E vermelho seduz o amar
O meu pezar tem cor escura
E a paixão lembra o luar
Sentimentos benfazejos
Recordam o azul dos azulejos
Das paredes de além mar
O meu sentir hoje é tão branco
Que até chega os olhos ofuscar
Pois são todas as cores para o formar
E eu vivo em arco íris a sonhar
Marlene Caminhoto Nassa
Ainda bem que sempre disponho
Dentro de mim uma paleta de cores
Para ir colorindo o que é risonho
E também o que são as dores
Sentimentos são coloridos
É só ter alma para enxergar
Roxos são amores doloridos
E vermelho seduz o amar
O meu pezar tem cor escura
E a paixão lembra o luar
Sentimentos benfazejos
Recordam o azul dos azulejos
Das paredes de além mar
O meu sentir hoje é tão branco
Que até chega os olhos ofuscar
Pois são todas as cores para o formar
E eu vivo em arco íris a sonhar
COISAS DE MULHER
Marlene Caminhoto Nassa
A capacidade de gerar
Torna a mulher especial
Seu corpo e modelado
Para novo ser abrigar
Seus hormônios a conduzem
E a dotam de paciência
Exemplar
Ou de fúria
Espetacular
Só ela consegue em dezenas
Se multiplicar
Num único dia
Sem cessar
Vai da cozinheira faxineira
Motorista babá eleita
Enfermeira professora
Confidente companheira
Profissional perfeita
É amante à noite
Do marido
E mesmo insatisfeita
De manhã dá-lhe açoite
Do dia comprido
A lhe esperar
Passa da Cinderela
A gata borralheira
Num piscar
Sem direito sequer
De reclamar...
Marlene Caminhoto Nassa
A capacidade de gerar
Torna a mulher especial
Seu corpo e modelado
Para novo ser abrigar
Seus hormônios a conduzem
E a dotam de paciência
Exemplar
Ou de fúria
Espetacular
Só ela consegue em dezenas
Se multiplicar
Num único dia
Sem cessar
Vai da cozinheira faxineira
Motorista babá eleita
Enfermeira professora
Confidente companheira
Profissional perfeita
É amante à noite
Do marido
E mesmo insatisfeita
De manhã dá-lhe açoite
Do dia comprido
A lhe esperar
Passa da Cinderela
A gata borralheira
Num piscar
Sem direito sequer
De reclamar...
CHAMA DE TEU CORPO
Marlene Caminhoto Nassa
Quando encostas teu corpo no meu
Ele entra imediatamente
Em combustão
É como se uma labareda
Soltasse do corpo teu
E atingisse o combustível
Do meu...
Faísca de tensão
Desprende se do toque
De tua mão
Característica só
De quem ama
Chega dos olhos ao coração e
Numa fração
Incendeia
A nossa cama...
Marlene Caminhoto Nassa
Quando encostas teu corpo no meu
Ele entra imediatamente
Em combustão
É como se uma labareda
Soltasse do corpo teu
E atingisse o combustível
Do meu...
Faísca de tensão
Desprende se do toque
De tua mão
Característica só
De quem ama
Chega dos olhos ao coração e
Numa fração
Incendeia
A nossa cama...
CARNAVAL
Marlene Caminhoto Nassa
É batuque na rua
É batuque no salão
E batuque no peito
Rimando no meu coração
Meus amores esfiapados
Transformei em serpentina
E espalhei pra todos os lados
Aqui só bebo alegria
Até me embriagar
Vamos entrar nessa folia
Sem ter hora pra parar
Passando de mão em mão
Conduziremos o trem da imaginação
Seremos o piloto do avião
Ou o comandante da embarcação
E sendo só imaginação
Sozinha nunca irei me sentir
No meio dessa multidão
Com as fantasias que poderei vestir
Sou a rainha sou o rei
E qualquer um outro serei
Dançando no Salão de festas
Dos corações de todos os Poetas!
Marlene Caminhoto Nassa
É batuque na rua
É batuque no salão
E batuque no peito
Rimando no meu coração
Meus amores esfiapados
Transformei em serpentina
E espalhei pra todos os lados
Aqui só bebo alegria
Até me embriagar
Vamos entrar nessa folia
Sem ter hora pra parar
Passando de mão em mão
Conduziremos o trem da imaginação
Seremos o piloto do avião
Ou o comandante da embarcação
E sendo só imaginação
Sozinha nunca irei me sentir
No meio dessa multidão
Com as fantasias que poderei vestir
Sou a rainha sou o rei
E qualquer um outro serei
Dançando no Salão de festas
Dos corações de todos os Poetas!
CÂNTARO QUE SE PARTE
Marlene Caminhoto Nassa
Mesmo aos pedaços assim
O lindo cântaro de água
Espalhado em cacos pelo jardim
Parece alguma história de amor
Imagino que um dia ele foi lindo
Querido e desejado
Cheio de água ou de flor
Era sempre festejado
Enquanto servia a rigor
No chão, triste e quebrado
Sem serventia nem valor
Almeja não ser muito pisado
Para não sentir tanta dor
Aos pedaços, sem sua identidade
Ninguém hoje se lembra
O quanto ele deu de felicidade
Nem tem idéia de quanta sede aplacou
Não pode ser mais refeito
Assim esmagado e desfeito
Por mais que se sinta só
Não há jeito:
É como nós
Vai acabar virando pó...
Marlene Caminhoto Nassa
Mesmo aos pedaços assim
O lindo cântaro de água
Espalhado em cacos pelo jardim
Parece alguma história de amor
Imagino que um dia ele foi lindo
Querido e desejado
Cheio de água ou de flor
Era sempre festejado
Enquanto servia a rigor
No chão, triste e quebrado
Sem serventia nem valor
Almeja não ser muito pisado
Para não sentir tanta dor
Aos pedaços, sem sua identidade
Ninguém hoje se lembra
O quanto ele deu de felicidade
Nem tem idéia de quanta sede aplacou
Não pode ser mais refeito
Assim esmagado e desfeito
Por mais que se sinta só
Não há jeito:
É como nós
Vai acabar virando pó...
BREVIDADE
Marlene Caminhoto Nassa
O instante
Não se conceitua
Pode durar uma brevidade
Pode durar uma eternidade
A libélula vive
Intensamente
Por um só dia
Mas é sua eternidade
Nesse dia
É breve o tempo
Quando estamos juntos
E morremos de saudade
Um instante longe
Parecendo eternidade
O efêmero
A brevidade
Tem que ter
Um contraponto
Mesmo assim
Enfim
Para poder se mensurar
Dependendo da intensidade
Do sentir
Podemos nunca acertar...
Marlene Caminhoto Nassa
O instante
Não se conceitua
Pode durar uma brevidade
Pode durar uma eternidade
A libélula vive
Intensamente
Por um só dia
Mas é sua eternidade
Nesse dia
É breve o tempo
Quando estamos juntos
E morremos de saudade
Um instante longe
Parecendo eternidade
O efêmero
A brevidade
Tem que ter
Um contraponto
Mesmo assim
Enfim
Para poder se mensurar
Dependendo da intensidade
Do sentir
Podemos nunca acertar...
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
ALCANCE
Marlene Caminhoto Nassa
Uma parte de mim
Ainda sonha
Mas a outra parte
Não
Uma parte de mim
Ainda tem esperança
Mas a outra
Tem solidão
Uma parte dos meus olhos
Alcança o infinito
Mas a outra parte
Só alcança o chão
Uma parte dos desejos
Alcanço com as mãos
A outra parte
Não
Uma parte de mim é alegria
É futuro
Alcança a utopia
A outra parte
Não
Uma parte de mim
Não mais me alcança
E a outra parte
Também não!
Marlene Caminhoto Nassa
Uma parte de mim
Ainda sonha
Mas a outra parte
Não
Uma parte de mim
Ainda tem esperança
Mas a outra
Tem solidão
Uma parte dos meus olhos
Alcança o infinito
Mas a outra parte
Só alcança o chão
Uma parte dos desejos
Alcanço com as mãos
A outra parte
Não
Uma parte de mim é alegria
É futuro
Alcança a utopia
A outra parte
Não
Uma parte de mim
Não mais me alcança
E a outra parte
Também não!
domingo, 28 de agosto de 2011
Absinto e poesia
Marlene Caminhoto Nassa
No silêncio do meu quarto
Cesária Évora suave e delicada
Tua imagem
Refletida
No espelho
Do meu pensamento
É um maremoto
Que faz tremer
Meus vales
Montes, labirintos
Vibrações de ‘ais’
Que saem dos meus canais
Por onde tantas vezes navegastes
Saboreio o nosso Absinto
Agora numa taça azul
Aquele mesmo
Que, em muitos momentos,
Na tua boca bebi a esmo
Éramos doce explosão
Satélites que captavam
Até a mais curta onda
Misteriosa atração
Imãs naquele mar de sedução
Minhas mãos ainda molhadas
Do poema inacabado
Que procuravam por ti
Não resistem
E, sob a mesa,
Meus dedos te encontram
Agora de outro jeito que sabem
Banham-se no meio do mar
Do meu desejo
Onde sempre estás
A ondular...
O maremoto passa
Minhas águas se acalmam
Minha língua volta a se banhar
Em versos ao luar
Tomo mais um gole de Absinto...
Para ver se melhor te sinto...
E nas entrelinhas fico a te aguardar...
Marlene Caminhoto Nassa
No silêncio do meu quarto
Cesária Évora suave e delicada
Tua imagem
Refletida
No espelho
Do meu pensamento
É um maremoto
Que faz tremer
Meus vales
Montes, labirintos
Vibrações de ‘ais’
Que saem dos meus canais
Por onde tantas vezes navegastes
Saboreio o nosso Absinto
Agora numa taça azul
Aquele mesmo
Que, em muitos momentos,
Na tua boca bebi a esmo
Éramos doce explosão
Satélites que captavam
Até a mais curta onda
Misteriosa atração
Imãs naquele mar de sedução
Minhas mãos ainda molhadas
Do poema inacabado
Que procuravam por ti
Não resistem
E, sob a mesa,
Meus dedos te encontram
Agora de outro jeito que sabem
Banham-se no meio do mar
Do meu desejo
Onde sempre estás
A ondular...
O maremoto passa
Minhas águas se acalmam
Minha língua volta a se banhar
Em versos ao luar
Tomo mais um gole de Absinto...
Para ver se melhor te sinto...
E nas entrelinhas fico a te aguardar...
SABOR DO VINHO
Marlene Caminhoto Nassa
O vinho tinto nas papilas vai explodir
Milênios de anos de cultura nesse sabor e
Transformará tua boca em cálice aonde vou sentir
O amálgama mágico do vinho com o teu calor
Quero me embriagar desse vinho e de tesão
Com tua língua porejando em minha boca
O sabor intenso da uva e do seu chão
Entrelaçando com a minha feito louca
E nessa dança de línguas enroscadas
Transferes o teu sabor para mim
E através das nossas bocas coladas
Beberei o vinho com teu beijo assim...
Marlene Caminhoto Nassa
O vinho tinto nas papilas vai explodir
Milênios de anos de cultura nesse sabor e
Transformará tua boca em cálice aonde vou sentir
O amálgama mágico do vinho com o teu calor
Quero me embriagar desse vinho e de tesão
Com tua língua porejando em minha boca
O sabor intenso da uva e do seu chão
Entrelaçando com a minha feito louca
E nessa dança de línguas enroscadas
Transferes o teu sabor para mim
E através das nossas bocas coladas
Beberei o vinho com teu beijo assim...
sábado, 6 de agosto de 2011
DESLIZAMENTOS
Marlene Caminhoto Nassa
Suavemente tentando abrir
Teus dedos pelos botões deslizam
E aos poucos eles vão cedendo
E partes de meu corpo vão aparecendo
A blusa desliza desabotoada
Contornando a forma minha
E aos poucos amontoada
Aos teus pés ela se aninha
Deslizas agora tua língua
Pela extensão do corpo meu
Saboreando dele o meu gosto
E deixando nele o gosto teu
Deslizando no lençol de cetim
Nos encaixamos em côncavo convexo
Enquanto deslizas tua mão em mim
Aproveitamos o melhor do nosso sexo
Marlene Caminhoto Nassa
Suavemente tentando abrir
Teus dedos pelos botões deslizam
E aos poucos eles vão cedendo
E partes de meu corpo vão aparecendo
A blusa desliza desabotoada
Contornando a forma minha
E aos poucos amontoada
Aos teus pés ela se aninha
Deslizas agora tua língua
Pela extensão do corpo meu
Saboreando dele o meu gosto
E deixando nele o gosto teu
Deslizando no lençol de cetim
Nos encaixamos em côncavo convexo
Enquanto deslizas tua mão em mim
Aproveitamos o melhor do nosso sexo
quarta-feira, 27 de julho de 2011
FOSSA
Marlene Caminhoto Nassa
As pedras e os espinhos
Ao seguir por essa estrada bela
Dilaceram me aos pouquinhos
E vão me espalhando por ela
Meus pedaços vão ficando
Enquanto sigo caminhando
Espalhados pelo chão...
Minha voz rouca vai se tornando
E ninguém mais ouve, não.
Nessa estrada, é verdade,
Cada um com sua ocupação
Não tem tempo ou vontade
De me dar sua atenção
Sigo assim aos pedaços
Caindo em qualquer lugar
Tentando fazer laços
E com meus frágeis braços
Procurar até reter o luar...
Mas no fim do meu caminho
Sem ter mais nenhum pedacinho
Fico vazia e no escuro a chorar...
Lamentando e questionando
Se valeu a pena o meu caminhar...
Marlene Caminhoto Nassa
As pedras e os espinhos
Ao seguir por essa estrada bela
Dilaceram me aos pouquinhos
E vão me espalhando por ela
Meus pedaços vão ficando
Enquanto sigo caminhando
Espalhados pelo chão...
Minha voz rouca vai se tornando
E ninguém mais ouve, não.
Nessa estrada, é verdade,
Cada um com sua ocupação
Não tem tempo ou vontade
De me dar sua atenção
Sigo assim aos pedaços
Caindo em qualquer lugar
Tentando fazer laços
E com meus frágeis braços
Procurar até reter o luar...
Mas no fim do meu caminho
Sem ter mais nenhum pedacinho
Fico vazia e no escuro a chorar...
Lamentando e questionando
Se valeu a pena o meu caminhar...
DESEJOS
Marlene C Nassa
São tantos os desejos
Que eu poderia enumerar
Começando pelos sensuais
Até chegar aos espirituais
Desejar é também sonhar
È aguardar a realização
Daquilo que se põe a desejar
Desejo a precisão no ar
Do vôo das aves
O arrebatamento das ondas
No rochedo
O mergulho nos abissais do mar
Sem medo
Conhecer da alegria
O segredo
Desenhar nas nuvens
Com meu dedo
Resgatar a pureza
E a ingenuidade
Sem perder a verdade
Ter um farol e um porto
E viver à minha maneira
Possuir mundo
Sem fundo
Sem porteira
Amar sem barreira
Marlene C Nassa
São tantos os desejos
Que eu poderia enumerar
Começando pelos sensuais
Até chegar aos espirituais
Desejar é também sonhar
È aguardar a realização
Daquilo que se põe a desejar
Desejo a precisão no ar
Do vôo das aves
O arrebatamento das ondas
No rochedo
O mergulho nos abissais do mar
Sem medo
Conhecer da alegria
O segredo
Desenhar nas nuvens
Com meu dedo
Resgatar a pureza
E a ingenuidade
Sem perder a verdade
Ter um farol e um porto
E viver à minha maneira
Possuir mundo
Sem fundo
Sem porteira
Amar sem barreira
sexta-feira, 8 de julho de 2011
CARNAVAL DA VIDA
Marlene Caminhoto Nassa
Eu não fui colombina
Nem você foi pierrot
Não existe a alegria
Mas foi só você quem mudou
Já brinquei no salão
Sozinha na multidão
Já chorei na cadência
Já rompi um cordão
Se eu não fui colombina
Nem você foi pierrot
Cadê meu coração?
Com quem é que ficou?
Se eu não fui colombina
E nem você pierrot
Por que hoje a tristeza
Em meu peito restou?
Se eu não fui colombina
E nem você pierrot
Do seu amor de fantasia
O que é que pra mim restou?
Só quarta feira
Só quarta feira de cinzas
Em minha alma ficou...
Marlene Caminhoto Nassa
Eu não fui colombina
Nem você foi pierrot
Não existe a alegria
Mas foi só você quem mudou
Já brinquei no salão
Sozinha na multidão
Já chorei na cadência
Já rompi um cordão
Se eu não fui colombina
Nem você foi pierrot
Cadê meu coração?
Com quem é que ficou?
Se eu não fui colombina
E nem você pierrot
Por que hoje a tristeza
Em meu peito restou?
Se eu não fui colombina
E nem você pierrot
Do seu amor de fantasia
O que é que pra mim restou?
Só quarta feira
Só quarta feira de cinzas
Em minha alma ficou...
DE MÃOS VAZIAS
Marlene Caminhoto Nassa
Lá fora a chuva do verão alaga a cidade
E leva de roldão sonhos vidas ilusão
Aqui dentro do meu quarto, sem piedade,
De mãos vazias eu me sinto em prisão
Prisão na minha própria dúvida
Prisão na minha própria reflexão
Enclausurada nos desencantos da vida
Angustiada por não ver solução
Se a noite parece sonho pra alguém
Para mim não parece não
A inacreditável realidade também
Não nos oferece conforto ou perdão
A chuva que chora na vidraça, sem cessar
Pode parecer que de mim se compadece
Ilusão! Olhos de vidro não podem chorar
E mão vazia nada oferece...
Marlene Caminhoto Nassa
Lá fora a chuva do verão alaga a cidade
E leva de roldão sonhos vidas ilusão
Aqui dentro do meu quarto, sem piedade,
De mãos vazias eu me sinto em prisão
Prisão na minha própria dúvida
Prisão na minha própria reflexão
Enclausurada nos desencantos da vida
Angustiada por não ver solução
Se a noite parece sonho pra alguém
Para mim não parece não
A inacreditável realidade também
Não nos oferece conforto ou perdão
A chuva que chora na vidraça, sem cessar
Pode parecer que de mim se compadece
Ilusão! Olhos de vidro não podem chorar
E mão vazia nada oferece...
MAR DO AMOR
Marlene Caminhoto Nassa
Foi tudo de bom
Navegar em seu mar pelo mundo
Quando havia tempo de calmaria
Nossas velas você recolhia
E lançava a âncora bem fundo
Ancorados em mar alto
Nada podia nos atrapalhar
Sentindo a brisa macia
No nosso corpo a tocar
Balançando nas suas águas
Às vezes conseguia até mergulhar
Catava as estrelas marinhas
E você me dava as do luar
Comíamos as estrelas da água
E com as do céu
Alimentávamos nosso sonhar
Mas o tempo de calmaria
Começou cedo a mudar
Soltamos as velas
Mas no meio da tempestade
Era impossível navegar
Nossa caravela água pôs se a fazer
E o mar do amor
Antes tão calmo e sereno
Ameaçava a nos arrastar
Em suas águas revoltas
E com todas as velas soltas
Ficamos perdidos nesse mar
Náufragos nesta praia deserta
Seremos presa certa
Pode crer
A não ser que desses destroços
Outra embarcação possamos fazer...
Marlene Caminhoto Nassa
Foi tudo de bom
Navegar em seu mar pelo mundo
Quando havia tempo de calmaria
Nossas velas você recolhia
E lançava a âncora bem fundo
Ancorados em mar alto
Nada podia nos atrapalhar
Sentindo a brisa macia
No nosso corpo a tocar
Balançando nas suas águas
Às vezes conseguia até mergulhar
Catava as estrelas marinhas
E você me dava as do luar
Comíamos as estrelas da água
E com as do céu
Alimentávamos nosso sonhar
Mas o tempo de calmaria
Começou cedo a mudar
Soltamos as velas
Mas no meio da tempestade
Era impossível navegar
Nossa caravela água pôs se a fazer
E o mar do amor
Antes tão calmo e sereno
Ameaçava a nos arrastar
Em suas águas revoltas
E com todas as velas soltas
Ficamos perdidos nesse mar
Náufragos nesta praia deserta
Seremos presa certa
Pode crer
A não ser que desses destroços
Outra embarcação possamos fazer...
INSACIÁVEL
Marlene Caminhoto Nassa
Não tem fim a sede
Que tenho de te
Amar
É como a água
Na areia do mar
Que vai e volta
Sem cessar
Quero fartar-me
Dos teus beijos
Dos teus carinhos
Dos teus desejos
E de ficares dentro de mim
Eu te receberei
E te acolherei
Num prazer sem fim
Estarei sempre querendo
Que me possuas
Eternamente assim
Insaciável desejo
Insaciável tesão
Não me sacio sem teus beijos
Nem tampouco com minha mão...
Marlene Caminhoto Nassa
Não tem fim a sede
Que tenho de te
Amar
É como a água
Na areia do mar
Que vai e volta
Sem cessar
Quero fartar-me
Dos teus beijos
Dos teus carinhos
Dos teus desejos
E de ficares dentro de mim
Eu te receberei
E te acolherei
Num prazer sem fim
Estarei sempre querendo
Que me possuas
Eternamente assim
Insaciável desejo
Insaciável tesão
Não me sacio sem teus beijos
Nem tampouco com minha mão...
terça-feira, 5 de julho de 2011
CÂNTARO QUE SE PARTE
Marlene Caminhoto Nassa
Mesmo aos pedaços assim
O lindo cântaro de água
Espalhado em cacos pelo jardim
Parece alguma história de amor
Imagino que um dia ele foi lindo
Querido e desejado
Cheio de água ou de flor
Era sempre festejado
Enquanto servia a rigor
No chão, triste e quebrado
Sem serventia nem valor
Almeja não ser muito pisado
Para não sentir tanta dor
Aos pedaços, sem sua identidade
Ninguém hoje se lembra
O quanto ele deu de felicidade
Nem tem idéia de quanta sede aplacou
Não pode ser mais refeito
Assim esmagado e desfeito
Por mais que se sinta só
Não há jeito:
É como nós
Vai acabar virando pó...
CANÇÃO PROIBIDA
Marlene Caminhoto Nassa
Como proibir uma canção?
Isso aconteceu no Brasil
Só nos tempos de repressão
Tristes histórias que temos
Para recordação
Lindas poesias músicas
Pensamento arte canção
Eram proibidos por arbítrio
Dos censores do regime de então
Fiz parte dessa luta
Pela volta da liberdade de expressão
Não se imagina país democrático
Embaixo de grilhão
Nossa palavra nasce livre
E da arte qualquer manifestação
Deve ser aceita sem senão
É só assim que vive de verdade
Em liberdade
Qualquer povo
Qualquer nação
Marlene Caminhoto Nassa
Mesmo aos pedaços assim
O lindo cântaro de água
Espalhado em cacos pelo jardim
Parece alguma história de amor
Imagino que um dia ele foi lindo
Querido e desejado
Cheio de água ou de flor
Era sempre festejado
Enquanto servia a rigor
No chão, triste e quebrado
Sem serventia nem valor
Almeja não ser muito pisado
Para não sentir tanta dor
Aos pedaços, sem sua identidade
Ninguém hoje se lembra
O quanto ele deu de felicidade
Nem tem idéia de quanta sede aplacou
Não pode ser mais refeito
Assim esmagado e desfeito
Por mais que se sinta só
Não há jeito:
É como nós
Vai acabar virando pó...
CANÇÃO PROIBIDA
Marlene Caminhoto Nassa
Como proibir uma canção?
Isso aconteceu no Brasil
Só nos tempos de repressão
Tristes histórias que temos
Para recordação
Lindas poesias músicas
Pensamento arte canção
Eram proibidos por arbítrio
Dos censores do regime de então
Fiz parte dessa luta
Pela volta da liberdade de expressão
Não se imagina país democrático
Embaixo de grilhão
Nossa palavra nasce livre
E da arte qualquer manifestação
Deve ser aceita sem senão
É só assim que vive de verdade
Em liberdade
Qualquer povo
Qualquer nação
CHUVISCO
Marlene Caminhoto Nassa
Não quero ser
Só um chuvisco
Em terra seca
Estéril
Desenganada
Essa chuva tem que ser
Densa pesada
Fácil de se perceber
Que encharque
Qualquer aridez
Promova
Fecundidades
Remova
Toda a estupidez
De amor
Que impede
De nascer
Flor
Mate do solo
A sede
Transmude
A sua cor
Não posso,
Se quero tudo
Molhado ver,
Simples chuvisco ser
Chuvinha
Que parece farinha
E que desce
Mansinha
Cansei de ser...
Marlene Caminhoto Nassa
Não quero ser
Só um chuvisco
Em terra seca
Estéril
Desenganada
Essa chuva tem que ser
Densa pesada
Fácil de se perceber
Que encharque
Qualquer aridez
Promova
Fecundidades
Remova
Toda a estupidez
De amor
Que impede
De nascer
Flor
Mate do solo
A sede
Transmude
A sua cor
Não posso,
Se quero tudo
Molhado ver,
Simples chuvisco ser
Chuvinha
Que parece farinha
E que desce
Mansinha
Cansei de ser...
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