ABSINTO E POESIA
Marlene Caminhoto Nassa.
O som de Cesária Évora penetra
Em meus ouvidos
Tua imagem nua
Aguça meus sentidos
Banhada nessa luz da lua
E no caleidoscópio
De meus desejos incontidos
É como uma tsunami
Que se aproxima veloz
Eriçando a pele
Invadindo minha praia
Inundando meus vales e fendas
Sob a minha saia
Porejam meus canais
Ao som de meus ais
Enquanto me dispo
Compreendendo os teus sinais
E nesse mar de sedução
Mergulhas mais fundo
E fazes da minha fenda
Teu cálice de absinto
Brindando no lençol de renda
Embriagados nesse absinto
Nossos corpos escrevem poesias
De desafio e cordel
Quando recito um verso
Retiras dele meu mel
E respondes outro molhado
Com teu corpo colado
Ao meu
E no meio desse mar
Do meu desejo e do teu
Nossas águas se acalmam
Minha poesia volta agora
Novamente a se banhar
Em versos livres ao luar
Tomo mais um gole de Absinto
Ouvindo Cesária cantar
Nas entrelinhas fico a te espiar...
marlene,
ResponderExcluirseguindo os passos da tua poesia
grande abraço