domingo, 27 de março de 2011

TEATRO
Marlene Caminhoto Nassa

No ato do nosso amor
Atuo sempre como serpente
Seja a peça que for
E feito uma serpente
Eu me deslizo mansamente

Arrastando-me pelo teu corpo
Até ver a tua serpente
Levantar-se de repente...
E esse teu mastro
Imponente,
Que se forma
Dessa tua serpente

Provoca em mim arrepio,
E uma inundação quente
Que parece um rio.
E quando essa tua serpente,
Seguindo do rio a vertente,
Penetra dentro de mim,

Teu mastro é o grande astro
E meu sexo o camarim
Dessa nossa peça de teatro

E quando ouves meus gemidos
Já sabes que o ato está chegando ao fim...
Os atores se preparam
A platéia em excitação...
Está tudo pronto para o grande fim

Minha serpente engole a tua serpente
Que freneticamente
Entra e sai de dentro de mim
E agora essa grande contração?

É a platéia que grita e se levanta
É meu corpo que também te aplaude
Por sentir tua perfeita atuação!

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