SEM ESPAÇO
Marlene Caminhoto Nassa
Estendo minhas mãos, num anseio,
Tentando,
Que doida,
Segurar meu devaneio!
Mas é meu sonho
Que me escapa
E se esfiapa,
E em mil rodeios me enleio.
E assim enleada e enrolada,
Sem ter de mim mais nada,
Só espiar é o que me resta,
E do cantinho desta fresta,
Tento içar de mim um pedaço,
Pois quem sabe,
Devagarinho,
Eu possa desatar esse laço!
Mas que tola!
Sem espaço!
Como posso?
Como faço?
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