domingo, 27 de março de 2011

SEM ESPAÇO
Marlene Caminhoto Nassa

Estendo minhas mãos, num anseio,
Tentando,
Que doida,
Segurar meu devaneio!

Mas é meu sonho
Que me escapa
E se esfiapa,
E em mil rodeios me enleio.

E assim enleada e enrolada,
Sem ter de mim mais nada,
Só espiar é o que me resta,

E do cantinho desta fresta,
Tento içar de mim um pedaço,
Pois quem sabe,
Devagarinho,
Eu possa desatar esse laço!

Mas que tola!
Sem espaço!
Como posso?
Como faço?

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